Ainda faltam ainda 20 dias para o primeiro turno das eleições, mas, no Recife, já começou a briga pela paternidade da suposta vitória de João da Costa (PT). O atual prefeito João Paulo (PT) e o governador Eduardo Campos (PSB) disputam de quem é o mérito da folga do petista em relação aos demais candidatos nas pesquisas eleitorais.

Na última sexta-feira, o ex-ministro da Saúde e secretário estadual das Cidades, Humberto Costa, adiantou-se ao pleito e já nomeou o "responsável" pela "vitória".

"O prefeito foi o grande articulador da candidatura de João da Costa e sai como grande vitorioso dessa eleição. Ele é, hoje, a liderança mais forte do PT no Estado e chegará muito forte em 2010", afirmou Humberto Costa, referindo-se à possibilidade de João Paulo disputar uma vaga no Senado ao até mesmo o cargo de governador.

Neste final de semana, o governador Eduardo Campos participou, pela primeira vez, das atividades de rua da campanha de João da Costa. Visivelmente incomodado com as declarações pró-João Paulo, Eduardo esforçou-se em dividir o saldo da vitória que ainda nem se concretizou.

"É uma vitória de todos, do nosso campo político. São 16 partidos unidos nessa frente e cada um de nós tem sua parcela de contribuição", disse Eduardo, que citou seu próprio esforço em unificar o palanque das esquerdas, através da retirada das candidaturas de Silvio Costa Filho (PMN) e Luciano Siqueira (PCdoB).

Outro que se posicionou sobre o assunto foi o deputado federal Armando Monteiro, presidente da Confederação Nacional da Indústria e principal líder do PTB em Pernambuco.

"Não há dúvidas de que essa vitória fortalece o prefeito. Mas fortalece também o governador e nosso conjunto de forças", disse Monteiro, que é tido como um dos postulantes ao Senado em 2010.

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