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25/07/2008 - 12h37

Candidatos a prefeito defendem revitalização do centro histórico do Recife

Paula Brukmüller
Especial para o UOL
Em Recife
Doze de março de 1537. A data de fundação da vila do Recife, que deu origem à cidade com mais de 1,5 milhão de habitantes e capital de Pernambuco, mostra muito bem a importância histórica do lugar para os recifense. É lá que está um dos mais antigos conjuntos de casas com arquitetura portuguesa no Brasil. E também onde se encontra a primeira sinagoga das Américas. Lá foi o palco da primeira revolução republicana do país e principal centro comercial do Brasil no início da colonização. Hoje, a antiga vila deu lugar a um bairro, o Recife Antigo, que está na pauta dos candidatos a prefeito da cidade como um dos pontos mais importantes.

A revitalização do bairro para servir de atrativo turístico é uma queixa dos moradores da cidade. Um projeto de recuperação foi iniciado na década de 80, quando recuperou-se vários imóveis. Nos anos 90, através de incentivos fiscais, instalou-se no bairro um pólo de empresas de tecnologia da informação, chamado de Porto Digital. Hoje, a população reclama que a vida noturna do Recife Antigo está entregue às moscas.

Entre as propostas de governo apresentadas até agora pelo candidato petista à prefeitura do Recife, João da Costa, a revitalização do Pólo Bom Jesus, no bairro do Recife, área central, merece destaque.

João da Costa disse que não quer revelar todo o projeto antes do lançamento oficial do programa de Governo, ainda sem data definida, porém ele adianta que o Pólo Bom Jesus será revitalizado com objetivo de voltar a atrair turistas e investidores para a região. Segundo ele o projeto prevê a instalação de lojas, agências bancárias, filiais de restaurantes tradicionais do Recife, inclusive uma faculdade.

O postulante revela ainda que durante o dia, os andares superiores dos casarões deverão ser ocupados por residências, ateliês artísticos, além dos escritórios. Estacionamentos para carros e ônibus de turismo também estão previstos, assim como reforço policial.

Na década de 1990, a Rua do Bom Jesus (e redondezas) era considerada um dos centros comerciais e turísticos mais importantes do Recife. Destino favorito da boemia recifense, atualmente poucos bares insistem em funcionar no local, que está abandonado e virou foco da ação de criminosos e as ruas ganham vida apenas no período carnavalesco.

O candidato Carlos Eduardo Cadoca (PDC) acusa a atual gestão de ter abandonado o projeto de revitalização do bairro que vinha sendo executado por Roberto Magalhães (DEM), prefeito entre 1997 e 2000, em parceria com o governo do estado, administrado na época por Jarbas Vasconcelos (PMDB), de quem Cadoca foi secretário de Turismo. "Eles não deram continuidade a nada de bom que a outra administração deixou. O bairro do Recife é um exemplo, foi abandonado", ataca.

A Secretaria de Planejamento Urbano nega que o bairro tenha sido abandonado. "A questão é que bares e restaurantes passam por ciclos. Quando a moda passa, os bares fecham", afirmou a secretaria por meio de sua assessoria de imprensa.

Para o candidato Mendonça Filho (DEM) a atual situação de abandono e insegurança do Recife Antigo, como é conhecido o sítio histórico da cidade, expulsa os turistas e traz prejuízos à população. "Sem dinamismo econômico, artístico e cultural a área hoje é cenário de prédios abandonados, desordenamento urbano e sujeira que, associados à falta de segurança, de estacionamento e às poucas opções de lazer e entretenimento expõem nosso Centro a uma situação vergonhosa", analisou.

O democrata vai lançar algumas propostas para o sítio histórico nesta sexta-feira (25). O principal foco do postulante são as ações na área de Tecnologia da Informação, graças ao pólo tecnológico instalado na região com o Porto Digital.

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