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15/07/2008 - 16h38
Candidato contrata colombiano como consultor na área de segurança
Paula Brukmüller
Especial para o UOL
Em Recife
Especial para o UOL
Em Recife
Recife é apontada como a capital mais violenta do país. São 90,5 assassinatos para cada 100 mil habitantes (o dobro da média nacional). A grande maioria dos seus candidatos a prefeito, porém, ainda não demonstram em seus planos de governo ações para combater a violência.
Questionados sobre o tema, dois dos líderes nas pesquisas de intenção de voto, Mendonça Filho (DEM) e João da Costa (PT), informaram por meio de suas assessorias que ainda estão construindo seus planos de governo. O democrata afirma ainda que está decidindo as ações junto com a população e por este motivo ainda não tem nenhuma proposta concreta.
Carlos Eduardo Cadoca (PSC) diz que instalará câmeras em locais estratégicos, o que supostamente inibiria a ação de marginais. Caso seja eleito, o candidato promete instalar 1.000 câmeras pela cidade e ampliar o número de guardas municipais, além de oferecer melhor qualificação a esses profissionais.
O peemedebista Raul Henry foi buscar na Colômbia o sociólogo Hugo Acero, ex-secretário de segurança pública de Bogotá, para ajudar a elaborar seu plano de governo na área de segurança.
Na avaliação de Henry, Bogotá e Recife têm características muito parecidas. Segundo ele, a intervenção feita pelo poder público nas áreas mais carentes da capital colombiana, com investimento em equipamentos urbanos de alto padrão, como áreas de lazer e escolas, podem ser adaptados à nossa realidade para reduzir os índices de violência. Raul Henry defende um trabalho integrado entre prefeitura e governo do estado.
Cientista político e coordenador do Núcleo de Instituições Coercitivas da Universidade Federal de Pernambuco, Jorge Zaverucha considera que a segurança pública no Recife está tão deficiente que deve estar entre as prioridades dos candidatos a prefeito. Zaverucha compara a violência a uma doença, que precisa ser diagnosticada antes de tratada. "Somente quando tivermos um diagnóstico sério, um estudo acadêmico profundo sobre a violência urbana no Recife e região metropolitana, é que poderemos tratar o tema com políticas públicas eficientes", aponta.
Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Justiça, em janeiro deste ano, mostra que, além de ser a capital mais violenta, Recife figurou também em nono lugar no ranking entre todas as 5.564 cidades analisadas pelo estudo. Segundo dados da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, só nesses primeiros 15 dias do mês de julho, 40 pessoas foram assassinadas no Recife.
Os candidatos Edílson Silva (PSOL), Kátia Telles (PSTU) e Roberto Numeriano (PCB) não foram localizados para falar de suas propostas.
Questionados sobre o tema, dois dos líderes nas pesquisas de intenção de voto, Mendonça Filho (DEM) e João da Costa (PT), informaram por meio de suas assessorias que ainda estão construindo seus planos de governo. O democrata afirma ainda que está decidindo as ações junto com a população e por este motivo ainda não tem nenhuma proposta concreta.
Carlos Eduardo Cadoca (PSC) diz que instalará câmeras em locais estratégicos, o que supostamente inibiria a ação de marginais. Caso seja eleito, o candidato promete instalar 1.000 câmeras pela cidade e ampliar o número de guardas municipais, além de oferecer melhor qualificação a esses profissionais.
O peemedebista Raul Henry foi buscar na Colômbia o sociólogo Hugo Acero, ex-secretário de segurança pública de Bogotá, para ajudar a elaborar seu plano de governo na área de segurança.
Na avaliação de Henry, Bogotá e Recife têm características muito parecidas. Segundo ele, a intervenção feita pelo poder público nas áreas mais carentes da capital colombiana, com investimento em equipamentos urbanos de alto padrão, como áreas de lazer e escolas, podem ser adaptados à nossa realidade para reduzir os índices de violência. Raul Henry defende um trabalho integrado entre prefeitura e governo do estado.
Cientista político e coordenador do Núcleo de Instituições Coercitivas da Universidade Federal de Pernambuco, Jorge Zaverucha considera que a segurança pública no Recife está tão deficiente que deve estar entre as prioridades dos candidatos a prefeito. Zaverucha compara a violência a uma doença, que precisa ser diagnosticada antes de tratada. "Somente quando tivermos um diagnóstico sério, um estudo acadêmico profundo sobre a violência urbana no Recife e região metropolitana, é que poderemos tratar o tema com políticas públicas eficientes", aponta.
Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Justiça, em janeiro deste ano, mostra que, além de ser a capital mais violenta, Recife figurou também em nono lugar no ranking entre todas as 5.564 cidades analisadas pelo estudo. Segundo dados da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, só nesses primeiros 15 dias do mês de julho, 40 pessoas foram assassinadas no Recife.
Os candidatos Edílson Silva (PSOL), Kátia Telles (PSTU) e Roberto Numeriano (PCB) não foram localizados para falar de suas propostas.
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