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27/06/2008 - 21h01

Em Recife, negociações vão até o apagar das luzes

Vanessa Calado
Especial para o UOL
Em Recife
Faltam apenas três dias para o prazo final estabelecido pela Justiça Eleitoral para que os partidos políticos realizem suas convenções, homologando alianças e candidaturas. No Recife, porém, os candidatos ainda correm contra o tempo para conseguir um aliado a mais, que pode fazer toda a diferença na hora de definir o espaço que cada coligação terá na propaganda de rádio e TV que só começa em agosto. Quanto mais partidos aliados, mais tempo de propaganda política.

As duas legendas mais cobiçadas nessa reta final, no Recife, são PV e PPS. Verdes e socialistas estavam juntos em torno da pré-candidatura do deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), que acabou jogando a toalha, na quinta-feira (26) , alegando falta de recursos financeiros para continuar a campanha. "Queremos marchar juntos para outro palanque. A única coisa definida é que ficaremos no campo de oposição ao prefeito petista João Paulo", diz Jungmann.

Mas as coisas não são tão fáceis assim. A direção do PPS já anunciou que deseja fechar aliança com o deputado federal Carlos Eduardo Cadoca (PSC). O PV, contudo, flerta com o ex-governador Mendonça Filho (DEM).

Cadoca, que tirou o PTC da aliança de 16 partidos em torno da candidatura situacionista de João da Costa (PT), faz de tudo para seduzir tanto PPS quanto o PV. Mendonça Filho também briga com todas as forças para ficar pelo menos com os verdes, saindo do isolamento político e evitando uma chapa "puro-sangue" do DEM.

Se o petista João da Costa perdeu o PTC para Cadoca, ganhou o PCdoB. Também na quinta-feira, os comunistas desistiram de lançar o vice-prefeito Luciano Siqueira na disputa, unificando o campo da esquerda recifense. A adesão teve importante caráter simbólico, mas pode-se dizer que não teve tanto peso em termos de tempo de propaganda já que o petista montou um superpalanque com 16 partidos.

O deputado Raul Henry (PMDB) se deu por satisfeito com o apoio do PSDB. Já PSOL e PSTU racharam e cada um deve lançar candidato próprio. Enquanto isso, os comitês preparam grandes festas para as convenções partidárias. Sempre deixando um lugar de sobra para algum convidado de última hora.

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