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17/10/2008 - 11h26

Rosário acusa Fogaça de "subserviência" à governadora Yeda Crusius

Flávio Ilha
Esepcial para o UOL
Em Porto Alegre
Uma discussão em torno da relação da Prefeitura de Porto Alegre com o governo do Estado foi o momento mais tenso do debate que reuniu José Fogaça (PMDB) e Maria do Rosário (PT) na noite desta quinta-feira (16), na Band TV.

Rosário classificou o atual prefeito da cidade como "subserviente" ao Piratini, sede do governo estadual. "É subserviente à governadora [Yeda Crusius] porque não cobra o déficit de 2 mil brigadianos [policiais militares] e nem as verbas para a saúde", disse a candidata do PT. Fogaça considerou a expressão ofensiva, mas não pediu direito de resposta.

"Nunca fomos subservientes. Sempre mantivemos uma posição respeitosa, altiva e construtiva junto aos governos estadual e federal", disse. Depois da reclamação, o prefeito ratificou que não rejeita a participação da governadora Yeda Crusius na sua campanha e nem em sua administração. "Considero uma honra ter o apoio da governadora e do PSDB", disse Fogaça.

O programa, que durou 1h40min, foi dividido em seis blocos e começou com representantes de entidades ligadas à sociedade civil fazendo perguntas aos candidatos. A cordialidade inicial, porém, nem durou até o fim do primeiro bloco. Rosário criticou o prefeito por sua intenção de manter Eliseu Santos (PTB) na secretaria da Saúde e afirmou que as promessas feitas na campanha de 2004 para a área não foram cumpridas.

A petista mostrou recortes de jornal referentes à campanha de 2004 em que o atual prefeito, então candidato pelo PPS, prometia elevar para 250 as equipes do Programa de Saúde da Família (PSF). A propaganda de Fogaça diz que a cidade tem hoje 94 grupos de PSF.

"Na última eleição, as promessas foram feitas em tom muito alto", provocou a petista. O prefeito se defendeu dizendo que a meta de seu governo, estabelecida em 2005, era elevar o número para 100 equipes de PSF. "O governo do PT disse que havia 74 grupos organizados em Porto Alegre, mas quando chegamos na prefeitura constatamos que eram 54", criticou.

Os problemas financeiros da prefeitura também esquentaram o clima da disputa. Fogaça reforçou o discurso de que assumiu a prefeitura com dívidas e que sua administração teve de sanar os cofres públicos antes de começar a investir. A petista rebateu dizendo que as finanças estavam em ordem em 2004. "Não é possível que depois de quatro anos só existam queixas", disse Rosário.

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