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12/10/2008 - 23h47

Fogaça e Rosário travam "guerra de números" no primeiro debate

Flávio Ilha
Especial para o UOL
Em Porto Alegre

Os candidatos à prefeitura de Porto Alegre travaram uma guerra de números no primeiro debate do segundo turno das eleições municipais, realizado pela TVCom no domingo (12) à noite, José Fogaça (PMDB) e Maria do Rosário (PT) empilharam realizações e promessas ao longo de quase duas horas de discussão.


No primeiro bloco, os candidatos travaram uma disputa na área da educação. Enquanto Fogaça disse que seu governo estabeleceu 53 convênios com creches particulares e construiu 38 unidades de educação infantil, Maria do Rosário disse que os governos da Frente Popular, que governaram Porto Alegre entre 1989 e 2003, contrataram 133 acordos com escolas para crianças de zero a seis anos.


"Era uma grave deformação. Restabelecemos a verdade e isso incomoda a senhora"


  • José Fogaça (PMDB) ao comentar sobre gestões do PT na educação

Fogaça denunciou que os governos do PT mantiveram matriculadas 5 mil crianças que não freqüentavam a escola para manter recursos do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica). "Era uma grave deformação. Restabelecemos a verdade e isso incomoda a senhora", acusou o prefeito. Segundo ele, essas vagas foram preenchidas por crianças que efetivamente passaram a freqüentar a escola.


Como contraponto, Rosário lembrou que Fogaça não construiu nenhuma escola em quatro anos de governo e que o número de vagas na rede municipal de ensino diminuiu. As duas escolas que serão inauguradas em 2009 foram, segunda ela, foram projetadas nos governos da Frente Popular. "Não dá para contar isso como obra do seu governo. Eram recursos já aprovados pelo Orçamento Participativo", disse a candidata do PT.


Fogaça disse que implantou turno integral em 17 escolas municipais e disse que os governos do PT rejeitaram essa idéia porque eram propostas do PDT. Rosário disse que a cidade perdeu R$ 16 milhões para educação porque a prefeitura não registrou os convênios no Ministério da Educação. "E vai perder outros R$ 16 milhões", disse.

"Não dá para contar isso como obra do seu governo. Eram recursos já aprovados pelo Orçamento Participativo"


  • Maria do Rosário (PT), ao afirmar que o adversário não construiu nenhuma escola em seu governo

O embate sobre números também envolveu propostas na área do transporte público, da saúde, do desenvolvimento econômico e da habitação. A petista disse que há 8 mil postes de luz apagados em Porto Alegre. Rosário também prometeu ampliar para 250 as equipes do Programa Saúde da Família (PSF). Fogaça disse que reduziu em 40% o número de crianças nas ruas e que vai elevar o PSF para 300 equipes.


A candidata do PT disse que os níveis de homicídios dobraram em Porto Alegre nos últimos dois anos. "Isso também ocorreu em 2000 e 2001, quando os homicídios avançaram 53%. Se somos culpados por isso, o governo do PT também é", retrucou o prefeito.


O primeiro debate do segundo turno reservou poucos momentos de provocação entre os candidatos. No último bloco, Rosário provocou Fogaça dizendo que os recursos de segurança pública de Porto Alegre vieram majoritariamente do Ministério da Justiça. "Mas eles tiveram de ser comunicados, porque não sabiam. Não lêem jornal. São inoperantes em matéria de segurança", disse a petista."Não é verdade", reagiu Fogaça. Segundo ele, os recursos foram disponibilizados em função de projetos apresentados pela administração municipal.

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