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05/10/2008 - 21h31

Presidente do TSE destaca trabalho das tropas federais no Rio de Janeiro

Claudia Andrade e Piero Locatelli
Do UOL Notícias
Em Brasília
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Carlos Ayres Britto, destacou na noite deste domingo (5), em entrevista coletiva, a tranqüilidade do processo eleitoral em todo o país. Para ele, o trabalho que as forças federais teve papel importante neste sentido.

"A eleição transcorreu sem um incidente mais grave, sem um fator de instabilidade institucional, de perturbação nacional. Isso, inclusive no Rio de Janeiro, que merece uma citação à parte", afirmou.

Mais de 450 municípios receberam reforço das tropas federais neste domingo. No Rio de Janeiro, por conta dos problemas com a atuação de milícias que estariam impedindo as ações dos candidatos e o trabalho de jornalistas, e tentando influenciar o voto dos moradores das comunidades, o reforço na segurança começou ainda no início de setembro.

"O processo transcorre por quase um mês tranquilamente, liberando totalmente o trabalho da imprensa e possibilitando aos candidatos realizar sua campanha. Não houve mortes. Soubemos apenas de alguém que saiu ferido por efeito do uso de um projétil de borracha. Não houve nenhuma emboscada, nenhuma via de fato, nenhum assassínio, houve prisões, num número maior de não candidatos do que de candidatos", disse.

A capital fluminense poderá contar com o reforço também no segundo turno. O assunto será discutido pelo TSE, os ministérios da Defesa e da Justiça, e o Poder Judiciário. "A experiência de agora foi exitosa. Vamos conversar para equacionar da melhor maneira o que fazer no Rio de Janeiro", disse Ayres Britto.

Os outros municípios onde houver segundo turno também poderão contar com reforço na segurança, se os TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) fizerem novos pedidos. "Quem faz a grande avaliação desse quadro são os TREs. Quando fazem um pedido bem fundamentado, nós atendemos. No primeiro turno, nós ministros deferimos mais de 90% dos pedidos", contabilizou o presidente do TSE.

Votos filmados
Sobre a postagem na Internet de vídeos mostrando o processo de votação, o presidente do TSE disse "desconhecer" a ocorrência desses casos e afirmou que, se houver comprovação, o tribunal "vai tomar providências". O uso de celulares, máquinas fotográficas e filmadoras na cabine de votação foi proibido nestas eleições.

"Esta foi uma reivindicação unânime dos presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais. Da minha ciência não ocorreu nenhum incidente. O uso desse artifício macula, ofende o direito de sigilo do voto. Mas, se aconteceu, tomaremos providências", afirmou.

Ayres Britto também reforçou a expectativa de concluir a votação nas capitais até as 22 horas e nos demais municípios até o fim do dia. "Tudo se processa segundo nossos prognósticos. Dissemos que esperávamos que até as 22 horas as apurações estivessem totalizadas nas capitais e parece que vamos caminhar para este objetivo", confirmou.

Candidaturas impugnadas
O presidente do TSE falou também sobre os casos de candidaturas impugnadas às vésperas das eleições. Segundo Ayres Britto, os ministros vão priorizar o julgamento desses processos, para que a situação esteja resolvida antes da diplomação dos eleitos.

"O que nos preocupa neste momento é julgar com prioridade os processos de impugnação de candidatura daqueles que, pelo bom desempenho nesta eleição, tenham condições de passar para o segundo turno", disse.

"No mais, nós vamos - mecanicamente, podemos dizer - seguir a legislação eleitoral. Inclusive naquele caso do candidato que teve de substituir outro no apagar das luzes e não teve seu nome nem sua foto na urna", completou.

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