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05/10/2008 - 21h12

Manuela justifica aliança com PPS; Luciana anuncia neutralidade

Flávio Ilha
Especial para o UOL
Em Porto Alegre

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A deputada federal Manuela D'Ávila (PC do B) disse logo depois de terminada a apuração em Porto Alegre que construiu sua aliança política com o PPS e com outros seis partidos com convicção política.

"Era nossa diretriz não agredir os adversários", afirmou a militantes no comitê de campanha. Manuela, que ficou em terceiro lugar na disputa em Porto Alegre com 120 mil votos, agradeceu o empenho dos apoiadores. "Não nos violentamos um segundo sequer", discursou.

Manuela disse que respondeu às agressões com "esperança e certeza" e que fez a campanha mais alegre e propositiva de Porto Alegre. Ela agradeceu aos militantes dos partidos que a apoiaram. "Eu sei o que vocês agüentaram nas ruas", disse a deputada. Ela considerou seu desempenho uma vitória. "Eleição se perde e se ganha. O importante é saber como se ganha e como se perde", afirmou.

Terminada a apuração, a disputa agora é pelas definições em relação ao segundo turno. Candidato a vice na chapa do PMDB, José Fortunati (PDT) disse que não quer o apoio da governadora tucana Yeda Crusius na disputa.

Para ele, a governadora não ajudou a resolver alguns dos principais problemas de Porto Alegre, como segurança pública e saúde. O PSDB define nesta segunda-feira (6) quem apoiará no segundo turno.

A deputada federal Luciana Genro, candidata à prefeitura pelo PSOL, disse que não vai indicar o voto a nenhum dos candidatos que disputarão o segundo turno. "Não temos identidade política com nenhuma das duas propostas", disse. Luciana tem 9% dos votos válidos na cidade, cerca de 90 mil eleitores.

Segundo ela, não foi a esquerda que se dividiu em Porto Alegre - antigos aliados, PT, PC do B e PSOL apresentaram candidaturas próprias. "A esquerda que não faz alianças espúrias para ter mais tempo na televisão se uniu ao PSOL", disse Luciana.

Ela considerou sua participação na disputa "uma enorme vitória" para os partidos de esquerda na cidade. "Mostramos que somos uma alternativa real de poder", afirmou a deputada.

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