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04/10/2008 - 18h11

Sistema eletrônico de votação é conferido e técnicos consideram fraude 'inviável'

Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília
O sistema eletrônico de votação que será utilizado neste domingo em todo o país passou por uma conferência final no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), neste sábado (4), em Brasília. O processo foi acompanhado por representantes do Ministério Público, da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e de partidos políticos.

Depois da última checagem, o secretário de tecnologia da informação do TSE, Giuseppe Janino, disse que o processo "visa a transparência e a segurança" do processo eleitoral. Em sua avaliação, uma fraude no sistema é "inviável" já que exigiria um trabalho complexo para superar as barreiras de segurança.

Neste sentido, a rapidez na totalização dos votos é aliada. "A velocidade é um componente essencial no processo de segurança, porque o tempo para se quebrar um único dado criptografado é muito curto. Seria necessário um supercomputador, trabalhando vários dias, para quebrar uma etapa desta estrutura que foi montada", exemplificou.

A análise é a mesma de Ricardo Selling de Oliveira, analista da secretaria de tecnologia da informação da Procuradoria Geral da República. "Várias barreiras teriam de ser rompidas para violar o sistema, o que seria inviável. E o processo de conferência é feito com bastante transparência", afirmou.

Os cartórios eleitorais também podem verificar a integridade dos programas e as próprias urnas fazem uma auto verificação dos dados. Os sistemas são desenvolvidos internamente pelo TSE e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) participa da etapa de criptografia para transmissão dos dados gerados nas urnas.

Esta participação da Abin, que ocorre por meio do Centro de Pesquisa para Segurança das Comunicações, fez com que parlamentares questionassem a segurança das urnas. A polêmica surgiu em meio à investigação de suspeitas de escutas telefônicas clandestinas feitas pela Abin, envolvendo autoridades do Legislativo e do Judiciário.

Janino afastou as dúvidas. "Quando as urnas totalizam os votos, os dados são impressos antes de serem criptografados para se evitar fraudes durante sua transmissão. Então, é possível checar os resultados", disse. "Os dados também ficam armazenados depois para conferência, caso haja alguma dúvida dos partidos", completou.

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