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03/10/2008 - 11h40

No último debate, candidatos evitam tom agressivo em Porto Alegre

Flávio Ilha
Especial para o UOL
Em Porto Alegre

No último debate antes das eleições de domingo, transmitido na quinta-feira (02) pela RBSTV, seis dos sete candidatos à prefeitura evitaram declarações agressivas para não perder votos no momento decisivo da disputa. Foi um debate marcado pelo tom cauteloso e pela falta de polarização.


O democrata Onyx Lorenzoni e a candidata do PSOL, Luciana Genro, foram os mais incisivos nas declarações - pelas pesquisas, os dois têm pequenas chances de conquistar uma vaga no segundo turno. "Em época de eleição se promete até gol do Brasil", ironizou Luciana sobre a possibilidade de Porto Alegre ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.


Os candidatos com mais densidade eleitoral - o prefeito José Fogaça (PMDB), candidato à reeleição, Maria do Rosário (PT) e Manuela D'Ávila (PC do B) - se esforçaram para prometer melhorias para a cidade, que vão da construção de metrô a mais equipes do programa Saúde da Família (PSF).


"Vou elevar as equipe do PSF de 54 para cem até o fim do meu mandato", disse Fogaça. "Com a ajuda do presidente Lula, Vamos construir o metrô", disse Maria do Rosário. "Vou criar a secretaria de Desenvolvimento", disse Manuela. "É mais cabide de emprego. Mais cargo em comissão. Emprego para a companheirada", criticou Onyx.


Alterando a estratégia de campanha, Rosário desviou o foco de suas críticas de Manuela para Fogaça. A candidata petista bateu na tecla do atendimento precário nos postos de saúde da capital, onde segundo ela falta respeito pela população. "Como uma comunidade inteira pode ficar sem consultas porque um médico tira férias? Isso é falta de planejamento", atacou.


Manuela D'Ávila evitou fazer críticas diretas a seus adversários, preferindo se situar como uma candidata de união e de diálogo. "Serei a prefeita que encerrará a guerra de versões sobre os fatos e trará soluções", disse. Mesmo assim, ela considerou "tímidas" as ações de Fogaça como prefeito.


Confronto mesmo só entre Rosário e Luciana e novamente sobre o tema da corrupção, como em outros debates. "Dediquei minha vida ao combate à corrupção e não aceitei o "mensalão" no PT, ao contrário da Maria do Rosário que recebeu apoio do Zé Dirceu", repetiu a candidata do PSOL.


Rosário, que chegou a pedir direito de resposta pelas declarações de Luciana, disse que sua honestidade é inquestionável - caso contrário, não estaria sendo apoiada pelo ex-governador Olívio Dutra, pela ministra Dilma Roussef e pelo ministro Tarso Genro, pai da candidata do PSOL. "Tenho certeza de que Luciana sabe que sou tão honesta quanto ela", disse Rosário.



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