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28/09/2008 - 22h28

Adversários cobram promessas não cumpridas por Fogaça

Flávio Ilha
Em especial para UOL
Em Porto Alegre

O prefeito José Fogaça (PMDB) virou o alvo preferido no debate da rede Record, realizado no domingo (28) e que reuniu sete dos oito candidatos à prefeitura de Porto Alegre. Líder em todas as pesquisas de intenção de voto, Fogaça teve de se defender de acusações de que não cumpriu as promessas de campanha feitas em 2004.


O candidato foi cobrado em questões envolvendo a construção de postos de saúde, a implantação de tarifa única no transporte coletivo e a construção do centro popular de compras - o camelódromo. O primeiro embate opôs o prefeito e a candidata Maria do Rosário (PT): a petista mostrou um folheto em que ele prometia a construção de oitos novos postos de saúde. "Por que o senhor não cumpriu suas promessas?", perguntou Rosário.


Segundo o prefeito, a dívida de curto prazo deixada pela administração do PT foi de R$ 153 milhões. "Era dívida vencida", disse. Rosário mostrou gráficos para argumentar que o montante era "administrável" em relação à receita, mas errou ao mencionar que a maior parte da arrecadação municipal poderia ser destinada a investimentos.


"Como é que a deputada não consegue distinguir custeio de investimento?", provocou Fogaça. Segundo ele, em quatro anos de gestão foram reformados 53 postos de saúde e contratados 206 médicos.


Onyx Lorenzoni (DEM) acabou sendo o mais crítico em relação a Fogaça. Ele cobrou do prefeito mais recursos para a educação básica e perguntou a Fogaça quais eram as projeções de investimento para o próximo exercício. O candidato à reeleição titubeou e preferiu se deter nos investimentos realizados para a faixa etária dos zero aos 5 anos. "Construímos 38 creches comunitárias e abrimos 5 mil vagas", disse.


"O prefeito não falou dos números", rebateu Onyx. "O que aconteceu que o senhor não conseguiu cumprir suas promessas?", completou. Fogaça voltou a falar na educação infantil e não respondeu à pergunta.


Onyx Lorenzoni (DEM) bateu em Fogaça já no primeiro bloco. Respondendo a uma pergunta sobre a implantação do turno integral nas escolas do município, Onyx criticou a apatia do atual prefeito. "Eu não entendo como um homem ligado à educação, como ele, não implantou o turno integral. Tiveram quatro anos para fazer. Por que não fizeram?", questionou o candidato.


No terceiro bloco, Onyx voltou a atacar o prefeito mostrando folhetos de campanha em que Fogaça prometia criar a passagem única de transporte coletivo. "Por que o senhor não fez?", repetiu o democrata. O prefeito disse que não prometeu passagem única, mas integração do sistema. Onyx leu a promessa no ar. "O prefeito prometeu e não cumpriu", reforçou.


Luciana Genro (PSOL) protagonizou um briga particular com a candidata petista Maria do Rosário. Ela, que é dissidente da sigla, criticou a administração do Grupo Hospital Conceição, dividida entre PT, PMDB e PC do B. "Tem CCs (cargos de confiança) lá que ganham R$ 12 mil por mês", lembrou Luciana. "Esses três partidos são muito parecidos, brigam por poder e não por projetos", completou.


"É uma pena que a senhora tenha transformado sua candidatura em linha auxiliar da direita", rebateu Rosário. A candidata classificou como "ficção" o programa de governo do PSOL - entre outras coisas, o partido sugere acabar com 70% dos cargos comissionados da prefeitura.


"Ficção por quê? Porque queremos acabar com o balcão de negócios, com o toma-lá-dá-cá com aliados como o PMDB e o PC do B?", atacou Luciana. Rosário lembrou que o pai de Luciana, o ministro da Justiça Tarso Genro, já havia administrado Porto Alegre por duas vezes. "Ela ataca o próprio pai, mas eu queria lembrar que há pessoas honestas no PT", disse. "A senhora ganhou a prévia sem apoio do meu pai. Foste a candidata do Zé Dirceu", respondeu Luciana.


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