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09/09/2008 - 18h29

Fogaça sai às ruas para evitar erro de Rigotto em 2006

Por Sinara Sandri


PORTO ALEGRE (Reuters) - Um comício no centro de Porto Alegre, que reuniu cerca de 5 mil pessoas na segunda-feira à noite, inaugurou a campanha à prefeitura da capital gaúcha do José Fogaça (PMDB) exclusivamente candidato, que deixou a prefeitura para não repetir o erro do ex-governador Germano Rigotto na eleição estadual de 2006.

Naquela eleição, Rigotto, também do PMDB, permaneceu no cargo e não conseguiu sequer passar para o segundo turno, deixando a disputa entre Yeda Crusius (PSDB) e Olívio Dutra (PT).

Durante os primeiros 30 dias de campanha, Fogaça acumulou uma agenda de prefeito e de candidato, reservando apenas as noites e almoços para atividades eleitorais. Apesar do bom desempenho nas pesquisas de intenção de voto, o partido não pretende repetir a traumática experiência da última eleição estadual.

"A derrota do Rigotto serve de alerta. Fogaça poderia ter ficado (como prefeito), mas decidimos pela licença", disse o deputado estadual e coordenador da campanha de Fogaça, Luiz Fernando Záchia.

Com o favoritismo confirmado pelo crescimento constante nas pesquisas de intenção de voto, Fogaça entra na fase final da campanha apostando no contato direto com os eleitores.

"A licença é parte da nossa estratégia e vai garantir que Fogaça possa fazer campanha de rua", disse Záchia, acrescentando que o peemedebista fará grandes caminhadas que devem ser "produtivas" e permitir que ele "converse com as pessoas."

A largada para esta nova fase foi dada no comício no centro de Porto Alegre, com lideranças do PMDB, PDT e PTB, partidos que compõe a coligação que apóia Fogaça.

José Fogaça está licenciado até 5 de outubro. Neste período, o vice-prefeito Eliseu Santos assume o cargo.

GOVERNO SILENCIOSO

Segundo Záchia, a idéia é apostar em lideranças regionais, como ex-governadores e parlamentares, e na capacidade de mobilização dos 148 candidatos a vereador da coligação, considerada um "trunfo" para criar uma campanha de massa.

Além disso, a propaganda eleitoral na televisão estaria sendo eficaz ao demonstrar as realizações do atual governo.

"Tivemos um mandato muito silencioso. Com o horário eleitoral, conseguimos prestar contas (das obras do atual governo) e estamos subindo (nas intenções de voto) após o início da propaganda na televisão", disse Záchia.

Na avaliação da cúpula peemedebista, a disputa com os adversários deve continuar em torno dos temas saúde e segurança pública, considerados "difíceis" por serem áreas de sobreposição de competências do Estado e da União e um consenso sobre a baixa qualidade dos serviços.

Apesar da liderança nas pesquisas de intenção de voto, a hipótese de vitória de Fogaça no primeiro turno não é considerada.

"Essa é uma eleição para dois turnos", disse Záchia.

Na disputa pelo segundo lugar, estão as deputadas Maria do Rosário (PT) e Manuela D'Ávila (PCdoB). Na opinião do coordenador de Fogaça, se a tradição pesar, o PT teria mais chance por ser "um partido de chegada", mas Manuela continua no páreo por despertar "grande simpatia" e demonstrar "consistência" como candidata.

Fogaça vem mantendo o favoritismo e crescendo desde o início das pesquisas eleitorais, enquanto Manuela e Maria do Rosário fazem uma disputa apertada pelo segundo lugar.

Pelo DataFolha, Fogaça subiu de 29 para 34 por cento das intenções de voto nas pesquisas realizadas em 24 de julho e 5 de setembro. Maria do Rosário passou de 20 para 17 por cento e Manuela oscilou de 18 para 17 por cento. As pesquisas têm margem de erro de 3 pontos percentuais.

Pelo Ibope, Fogaça também subiu, de 29 para 33 por cento, nas pesquisas feitas em 10 de julho e 22 de agosto. Nas mesmas pesquisas, Manuela passou de 19 para 21 por cento enquanto Maria do Rosário oscilou de 19 para 16 por cento. A margem de erro também é de 3 pontos percentuais.

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