As candidatas à prefeitura de Porto Alegre Maria do Rosário (PT) e Manuela D'Ávila (PC do B) protagonizaram nesta quinta (31) os momentos mais tensos no debate promovido pela TV Bandeirantes. Disputando diretamente uma vaga no segundo turno, as duas se enfrentaram já no primeiro bloco de perguntas entre os debatedores.

"Nós sabemos quem somos pelas nossas companhias", disse Rosário, em resposta a uma provocação da comunista às falhas no sistema de saúde das administrações petistas. A frase é uma referência à aliança do PC do B com o PPS, partido pelo qual o prefeito José Fogaça, hoje no PMDB, foi eleito.

O debate, com uma hora e meia de duração, teve a presença de sete dos oito candidatos que disputam a prefeitura -apenas Vera Guasso, do PSTU, não foi convidada.

Manuela fez a sua primeira pergunta provocando a fragilidade do Programa Saúde da Família (PSF) durante os 16 anos de governo do PT (1989/2004). "A senhora acha que os graves problemas da saúde em Porto Alegre começaram nos últimos quatro anos?", questionou Manuela. "Talvez tenham começado quando estávamos juntas", rebateu Rosário, em referência ao apoio do PC do B aos dois últimos mandatos petistas em Porto Alegre.

Momentos de tensão foram protagonizados também por Luciana Genro (PSOL) e José Fogaça (PMDB). Perguntada se manteria em andamento o programa sócio-ambiental da prefeitura, Luciana atacou o prefeito. "Eu não vou é deixar o dinheiro do contribuinte parado, como fez sua administração inoperante. Não vamos desperdiçar com partidarização nem com propaganda do que não foi feito", disse.

Segundo ela, pelo menos três processos licitatórios supostamente fraudulentos foram denunciados durante a atual administração. "Temos de tratar o dinheiro público com a dignidade que ele merece", afirmou. A candidata do PSOL disse que o governo gastou R$ 15 milhões em propaganda apenas em 2007.

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