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23/07/2008 - 16h14

Luciana Genro promete acabar com "loteamento" partidário em Porto Alegre

Flávio Ilha
Especial para o UOL
Em Porto Alegre
Em debate na tarde desta quarta-feira (23) na Federasul (Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul), a candidata à Prefeitura de Porto Alegre, Luciana Genro (PSOL), prometeu acabar com 70% dos cargos em comissão na administração municipal.

Segundo ela, a maioria dessas funções remuneradas serve apenas para "loteamento partidário" entre as siglas que governam a cidade.

"O loteamento é uma das razões da corrupção e leva à ineficiência da máquina pública. Não podemos transformar a prefeitura em feudo dos partidos", criticou a candidata. Luciana foi a primeira a falar no debate, que reuniu seis candidatos à prefeitura da capital gaúcha.

Além da candidata do PSOL, estiveram na Federasul Manuela D'Ávila (PC do B), Onyx Lorenzoni (DEM), José Fogaça (PMDB), Nelson Marchezan Júnior (PSDB), e Maria do Rosário (PT). Do lado de fora, dezenas de militantes faziam muito barulho e distribuíam material de campanha aos pedestres.

Como já havia ocorrido no primeiro debate em rádio e televisão da campanha, ocorrido no dia 6 de julho, o prefeito José Fogaça, candidato à reeleição, se transformou no alvo preferido dos seus concorrentes. Luciana, por exemplo, disse que é preciso "mudar tudo" na administração municipal.

Ela criticou as falhas no serviço de iluminação pública, no sistema de saúde e na segurança pública. "É preciso contratar médicos e policiais para atender a população da cidade. Se os governos estadual e federal não fazem, o prefeito tem o dever de cobrar", sustentou.

Manuela D'Ávila, do PC do B, também criticou a administração municipal, dizendo que Porto Alegre precisa ter uma política única de desenvolvimento. "Basta acabar com as falsas polarizações ideológicas e desburocratizar a máquina pública", receitou.

Segundo ela, a grande aliança partidária que se formou em torno de sua candidatura é positiva porque gera mais propostas para a cidade.

Até mesmo o tucano Nelson Marchezan Júnior criticou a apatia do prefeito, dizendo que a administração não tem nenhum projeto na gaveta. "Quando é necessário, não há nada pronto capaz de melhorar a cidade", disse. No plano estadual, o PMDB é aliado da governadora tucana Yeda Crusius. "Porto Alegre está devagar. Temos que ter pressa", sugeriu Marchezan.

O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM) preferiu ser propositivo. Considerou que o prefeito é o gerente da cidade e disse que a missão do administrador municipal é ouvir as pessoas.

Estratégia também utilizada pela petista Maria do Rosário, que preferiu atrelar suas propostas ao "surto" de desenvolvimento por que passa o país. "O futuro começa hoje. Porto Alegre tem que acompanhar o Brasil, não pode ficar para trás", disse.

O prefeito José Fogaça se defendeu como pôde. Disse que prepara a cidade para o futuro "desde o primeiro dia de mandato" e que sua administração teve a necessidade de organizar o município antes de executar as primeiras ações de governo. "A cidade aos poucos está sendo desamarrada", explicou Fogaça.

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