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21/07/2008 - 17h18

Se vencer em Porto Alegre, Fogaça diz que não será candidato em 2010

Flávio Ilha
Especial para o UOL
Em Porto Alegre
O prefeito José Fogaça (PMDB), candidato à reeleição para a prefeitura de Porto Alegre, descartou nesta segunda-feira (21) em entrevista à rádio Gaúcha que possa renunciar ao cargo para disputar o governo gaúcho em 2010, caso seja reeleito. Segundo ele, a prefeitura é mais importante.

"Ninguém pode deixar uma prefeitura para ser governador ou senador", disse Fogaça, negando que também pudesse tentar uma vaga no Senado daqui a dois anos.

O prefeito, que foi senador por dois mandatos antes de quebrar uma hegemonia de 16 anos do PT em Porto Alegre, já anunciou que apóia o nome do ex-governador Germano Rigotto para disputar o governo do Rio Grande do Sul pelo PMDB.

Fogaça foi o candidato que abriu a série de entrevistas realizadas pelo programa Gaúcha Atualidade. Todos os oito postulantes ao cargo terão dez minutos na programação da rádio. Nesta terça (22) é a vez de Maria do Rosário (PT). Na quarta (23) a entrevista será com Luciana Genro (PSOL), seguida por Manuela D'Ávila (PC do B) e Vera Guasso (PSTU).

As entrevistas serão retomadas na segunda-feira (28) com Nelson Marchezan Júnior (PSDB), Paulo Rogowski (PHS) e Onyx Lorenzoni (DEM). A ordem das entrevistas foi feita por sorteio.

O prefeito José Fogaça foi eleito em 2004 pelo PPS, mas em março deste ano voltou ao PMDB para garantir apoio político do PDT e do PTB. Fogaça, no entanto, passou boa parte de seu mandato dizendo que não iria retornar ao partido de origem.

Em 2002, Tarso Genro (PT) renunciou à prefeitura de Porto Alegre para concorrer ao governo do Estado. Durante a campanha eleitoral, ele havia afirmado que não seria candidato.

O prefeito usou o bordão do candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, para dizer o que os eleitores podem esperar de um segundo mandato. "A cidade pode ter a audácia da esperança", repetiu.

Questionado sobre a realização de obras visíveis para a cidade em ano eleitoral, como o recapeamento de ruas, o candidato disse que consumiu que dois anos e meio de sua administração para recuperar as finanças públicas. Só agora, segundo ele, foi possível investir em melhorias na cidade.

O prefeito listou dois projetos prioritários para a eventualidade de um segundo mandato. O primeiro deles é o chamado "Portais da Cidade", projeto de parceria público-privada (PPP) que prevê a construção de três estações de linhas expressas para a região metropolitana com o objetivo de desafogar a região central de Porto Alegre. O projeto foi elaborado no primeiro ano de mandato de Fogaça, mas nunca saiu do papel.

A segunda prioridade, segundo o candidato, será a recuperação da balneabilidade do Guaíba. O rio que corta a cidade está poluído há mais de 30 anos. Nas administrações do PT, de 1989 a 2004, vários programas com financiamento internacional devolveram a qualidade da água a algumas regiões de Porto Alegre, sem resolver o problema. Hoje, a cidade tem apenas 27% do seu esgoto doméstico tratado.

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