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25/10/2008 - 16h54

Omar pede retirada de provas contra Amazonino às vésperas da eleição

Leandro Prazeres
Especial para o UOL
Em Manaus
Candidato derrotado à Prefeitura de Manaus, o vice-governador Omar Aziz (PMN) tentou "facilitar" a vida de Amazonino Mendes (PTB), que lidera as pesquisas de intenção de voto. Na semana passada, seus advogados enviaram um ofício à Justiça Eleitoral requerendo um DVD enviado pela sua própria coligação em que correligionários recebiam combustível de forma supostamente ilegal no dia 3 de outubro. O material agora faz parte de um inquérito da Polícia Federal que investigou possível abuso do poder econômico de Amazonino, que já foi governador do Estado três vezes e prefeito duas.

A informação sobre o ofício foi repassada nesta sexta-feira (24) pela juíza do pleito, Maria Eunice Torres. "Nós recebemos esse DVD da coligação 'União por Manaus'. Mas, depois do primeiro turno, quando o Omar declarou apoio ao Amazonino, os advogados dele enviaram um ofício solicitando a devolução do DVD e pedindo que a justiça não o usasse no inquérito", afirmou Maria Eunice.

As imagens do DVD teriam sido gravadas na noite do dia 3 de outubro em frente ao posto Recopel - DNP, localizado na avenida Djalma Batista, uma das mais movimentadas da cidade.

Maria Eunice afirma que, mesmo diante do pedido dos advogados de Omar Aziz, não vai devolver o DVD. "Mas não vou devolver mesmo. Isso faz parte do inquérito e não faz sentido devolver", explicou. Ela adiantou que as imagens já foram periciadas pela Polícia Federal.

A distribuição de combustível a correligionários de Amazonino fez com que o MPE (Ministério Público Eleitoral) movesse uma representação pedindo a cassação do registro de candidatura do petebista. A ação foi impetrada na última quinta-feira (23). Agentes da PF apreenderam 419 tíquetes de combustível assinados com a inscrição "Eleições 2008 - Amazonino Mendes". A suspeita é de que a gasolina era distribuída em troca de votos.

Recorrente



A "ajuda" de Omar Aziz a Amazonino não foi a primeira durante o segundo turno. Logo após admitir a derrota e manifestar seu apoio à chapa do ex-governador, seus advogados desistiram da ação que moveram contra o petebista no primeiro turno em que pediam a cassação do registro de candidatura dele por conta de multas eleitorais de R$ 6 mil do pleito de 2006 que Amazonino não pagou.

Apesar da desistência, o MPE já informou que irá prosseguir com a ação e vai recorrer ao TSE pedindo a cassação de Amazonino.

O advogado da coligação "União por Manaus", Délcio Santos, foi procurado pela reportagem do UOL, mas até o momento não retornou às chamadas feitas ao seu telefone celular.

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