O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu, na noite desta quinta-feira (23), a cassação do registro de candidatura de Amazonino Mendes (PTB). O pedido tem como base uma denúncia feita pela Polícia Federal em que a coligação do petebista é acusada de fornecer combustível a correligionários de forma irregular às vésperas do primeiro turno.
A representação movida pelo MPE já chegou às mãos da juíza do pleito, Maria Eunice Torres, mas, na noite desta quinta-feira (23), ela informou que o pedido ainda não havia sido analisado. Segundo ela, técnicos do TRE-AM irão analisar a peça enviada pelos procuradores eleitorais, mas não há previsão para o julgamento. Ela é quem irá julgar o pedido.
O pedido de casssação contra Amazonino esquenta o clima das eleições na capital amazonense e deverá servir de "munição" por Serafim Corrêa (PSB) durante o debate transmitido pela TV Amazonas (afiliada da Rede Globo), nesta sexta-feira (24). Amazonino lidera as pesquisas de intenção de voto que foram divulgadas durante este segundo turno.
De acordo o procurador regional eleitoral em exercício, Edmílson Barreiros, ainda que Amazonino Mendes vença o pleito, se ele for considerado culpado pela TRE-AM, o segundo lugar (no caso, Serafim Corrêa-PSB) será empossado.
A investigação da Polícia Federal que resultou no pedido de cassação de Amazonino teve início no dia 3 de outubro, quando agentes da PF encontraram 419 tíquetes para abastecimento com gasolina no posto Recopel - DNP. No verso de todos os tíquetes havia a inscrição "Eleições 2008 - Amazonino Mendes". O posto foi lacrado.
O advogado da coligação "Manaus, um futuro melhor", Daniel Nogueira, diz que o pagamento do combustível ocorreu de forma legal. "Temos o direito de financiar gasolina para os nossos colaboradores de campanha e cabos eleitorais", alega.
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