Luiz Navarro (PCB) e Ricardo Bessa (PSOL), últimos colocados no primeiro turno das eleições em Manaus, pertencem a partidos de esquerda, mas podem tomar rumos diferentes no segundo turno do pleito. Navarro tece elogios a Amazonino Mendes (PTB) enquanto Bessa diz que "jamais" apoiará o petebista. A decisão oficial dos dois candidatos sobre quem irão apoiar no segundo turno deve sair nos próximos dias.
Navarro, que obteve 2.051 votos, disse que o posicionamento do PCB será definido na próxima quinta-feira (9) após uma reunião com membros da diretoria do partido.
Ele disse que seu grupo irá apoiar o candidato que prometer publicamente que irá rever o PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) dos professores da rede municipal, com um piso equivalente a R$ 1.867,50. "Se algum desses candidatos aceitar essa proposta, nós daremos o nosso apoio", afirmou Navarro.
Sobre uma possível afinidade com Amazonino Mendes, Navarro teceu elogios ao ex-governador. "O Amazonino tem realizado algumas políticas públicas em benefício da população. No primeiro governo dele (na década de 80), ele urbanizou o São José e distribuiu lotes à população", disse o candidato comunista.
Enquanto Navarro elogia Amazonino, Ricardo Bessa, que obteve 1.730 votos, diz que o PSOL não irá apoiar o ex-candidato sob hipótese alguma. "Uma aliança com Amazonino iria contra toda a minha história de vida, de militância e contra meu eleitorado". Bessa disse que as opções que o PSOL tem são apoiar Serafim Corrêa (PSB) ou indicar o voto nulo.
O apoio deverá ser definido no próximo sábado (11) após conversas com líderes do PSB. Bessa afirma que seu partido irá apoiar Serafim se ele concordar em rever o PCCS dos professores e incluir em seu programa de governo a proposta de oferecer leite gratuito a todas as crianças entre zero e sete anos de idade.
Pessoalmente, Bessa manifesta certa propensão a apoiar Serafim. "Existe uma diferença ética enorme entre ele e o Amazonino Mendes. Não há nada que desabone a vida do Serafim no que tange à corrupção. Já em relação ao Amazonino, há diversas acusações que ainda não foram esclarecidas", salientou Bessa.
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