Exército não faz segurança das urnas em Manaus

Mais de duas mil urnas instaladas em seções de votação em Manaus ficaram sem vigilância durante a madrugada de sexta-feira (3) para sábado (4) porque o Exército não vai mais fazer o trabalho de vigilância dos equipamentos, ao contrário do que vinha fazendo em pleitos anteriores. Neste sábado, policiais militares deverão ser deslocados para as seções eleitorais para substituir os soldados do Exército.

A troca de responsabilidade sobre a guarda das urnas pegou de surpresa a presidência do (TRE-AM) Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas que, ontem, teve de realizar uma reunião às pressas para definir uma nova estratégia de segurança para o equipamento. A Polícia Militar foi acionada para fazer o trabalho. "Nós já tínhamos um planejamento do nosso efetivo, mas podemos dar conta de mais essa missão. Nossos homens farão a guarda das urnas até o dia das eleições", disse o comandante geral da PM, coronel Dan Câmara.

De acordo com a juíza do pleito, Maria Eunice Torres, a segurança das urnas correu riscos consideráveis na última noite. "Os vigias não sabiam que teriam de guardar as urnas. Eles não usam armas. Graças a Deus, já conseguimos contornar a situação. Fica como lição", afirma.

Por meio de sua assessoria de comunicação, a 12º. Região Militar informou que não fará o serviço de guarda das urnas por entender que esta não é sua atribuição. A atuação do Exército em Manaus se limitará a fazer rondas nas áreas de abrangência das zonas eleitorais e coibir a "boca de urna".

Para o diretor do TRE-AM, José Renato Frazão, a mudança na guarda das urnas não terá impactos na segurança das eleições. "O sistema de informática das urnas é inviolável e as urnas estão programadas para só funcionarem no dia 5. Ainda que alguém conseguisse entrar numa dessas escolas e tivesse acesso às urnas de forma ilegal, ele não conseguiria manipular o resultado das eleições", afirma.

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