Ataques a Corrêa e a Amazonino marcam debate em Manaus

O debate realizado pela TV A CRÍTICA, afiliada da Rede Record, em Manaus, foi marcado por agressões e ataques constantes ao atual prefeito Serafim Corrêa (PSB) e ao candidato Amazonino Mendes (PTB), que não foi ao programa. Omar Aziz (PMN) chamou Serafim de "lerdo" e Ricardo Bessa (PSOL) disse que Amazonino é "fujão". O debate foi divido em quatro blocos e durou duas horas.

A uma semana das eleições, a apresentação de propostas ficou em segundo plano no 1º. debate da TV A CRÍTICA. Elas praticamente se resumiram ao primeiro bloco, em que jornalistas fizeram perguntas aos candidatos. A partir do segundo bloco, quando os candidatos começaram a fazer perguntas uns aos outros, iniciaram os ataques.

Francisco Praciano (PT) criticou Serafim por não ter priorizado a Educação durante seu mandato, enquanto Luiz Navarro afirmou que a situação nos postos de saúde da prefeitura é "humilhante". "A Educação, na minha política, é uma prioridade. Vou levar isso para a prefeitura quando eu for eleito", afirmou Praciano.

Na defensiva, Serafim disse que os candidatos haviam se unido para atacá-lo. "Hoje, o que eu vejo, é que todo mundo está correndo atrás de mim. Tem candidato que achava que estava na minha frente nas pesquisas e agora só fala em mim", disse Serafim.

Caso Renata

As denúncias do "Caso Renata" foram pouco exploradas durante o debate. Ricardo Bessa (Psol) questionou Omar Aziz sobre as acusações. Omar disse que as denúncias são fruto do momento eleitoral. "Eu acho muito triste, porque toda vez em época de eleição aparece um fato como este nesta cidade. Desta vez, usam uma moça para agredir o candidato, Eduardo Braga e sua família. Tenho sofrido muito com agressões. Tenho sido agredido. Sou pai, sou filho, marido", declarou o vice-governador.

Bate e rebate

No terceiro bloco, o embate entre Serafim e Omar foi um dos pontos que mais chamaram atenção. Omar perguntou a Serafim sobre seu programa de saneamento para igarapés e o prefeito reclamou dos ataques disparados pelos adversários. Omar acusou o prefeito de ser "lerdo". "O prefeito quer se passar por vítima. Vítima é você que não recebeu nenhuma casa da prefeitura. O problema da prefeitura de Manaus é que ela é lenta. Ela não tem agilidade para fazer as coisas por você", disse Omar.

A resposta de Serafim veio no mesmo tom. "Rápido é você que tem a passagem de nível da Torquato Tapajós há cinco anos e você não acaba. O conjunto (habitacional) Presidente Lula que está aí desde 2006 e não acabam a obra. Rápido é você que recebeu o dinheiro do presidente Lula pra fazer o (conjunto habitacional) Nova Vitória e até agora não fez. Não me acuse de lerdeza", esquivou-se Serafim.

Feijão com arroz

Praciano voltou a carga de críticas no terceiro bloco. "O seu programa de TV está tentando mostrar que sua administração foi boa, mas o povo sabe que não foi. Vcê fez uma administração 'feijão com arroz sem graça'. Você permitiu que as pessoas perdessem a esperança e o Amazonino, que estava de pijama, tu acabastes de colocar uma gravata nele. Ele já está preparando o paletó" disse referindo-se às duas derrotas consecutivas de Amazonino Mendes em 2004 e 2006.

Serafim, mais uma vez, contra-atacou. "Pois é. E durante três anos e seis meses o partido do Praciano participou dessa administração. Isso é muito interessante", ironizou Serafim.

No quarto e último bloco, os candidatos fizeram suas considerações finais e Ricardo Bessa, novamente, criticou a ausência de Amazonino Mendes ao terceiro debate consecutivo. "Quero lamentar a ausência do candidato fujão porque quem ficou no prejuízo foi a população que está me ouvindo. Porque ela deixou de ouvir as propostas do candidato", disse.

O próximo debate televisivo em Manaus será realizado pela TV Amazonas, afiliada da Rede Globo, na próxima quinta-feira (2).

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