Prefeitura de Manaus vai pagar transporte de eleitores

Após impasse, a prefeitura de Manaus vai anunciar na próxima segunda-feira o "passe-livre" no sistema de transporte coletivo para os eleitores que se deslocarem para as zonas de votação. A gratuidade vinha sendo concedida desde 2002, mas neste ano chegou a ser questionada pelos empresários do setor. O transporte dos eleitores vai custar aproximadamente R$ 1,2 milhão.

O anúncio será uma resposta ao ofício enviado nesta quinta-feira pelo TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas), que solicitou o "passe livre" no dia 5 de outubro.

De acordo com o diretor - presidente do IMTU (Instituto Municipal de Transportes Urbanos), Waldir Frazão, o "passe-livre" era concedido com base nas dívidas que as empresas do sistema tinham com a prefeitura. Entretanto, desde o ano passado, as empresas devedoras foram substituídas pela uma espécie de consórcio. "Nas eleições anteriores, as empresas deviam à prefeitura. O que a gente fazia era descontar o custo da gratuidade da dívida deles. Mas agora, eles têm mais dívidas", afirma.

Frazão explica que o custo da gratuidade no dia do pleito será pago pela própria prefeitura. "Na segunda-feira, vamos anunciar oficialmente esses valores e as medidas operacionais que vão viabilizar esse serviço", afirmou o diretor.

Uma das preocupações de Frazão é a atuação da Polícia Federal no domingo das eleições. Ele diz que no ano passado, a PF entrou em garagens de empresas para cobrar que os ônibus reservas operassem. "Vamos estudar e explicar à PF de que forma a empresa vai operar para evitar problemas", afirma.

O Amazonas foi o primeiro Estado brasileiro a conceder gratuidade aos passageiros do transporte coletivo durante as eleições. A iniciativa começou em 2002 e foi seguida por outros Estados. Alagoas e Roraima são alguns dos que "copiaram" a proposta.

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