UOL Eleições 2008 Últimas Notícias

17/09/2008 - 12h30

Eduardo Braga não aceita críticas de Praciano e ataca aliados petistas

Leandro Prazeres
Especial para o UOL
Em Manaus
O crescimento da candidatura de Francisco Praciano (PT) parece ter começado a incomodar o governador Eduardo Braga (PMDB), principal cabo eleitoral do candidato Omar Aziz (PMN). Nesta terça-feira, Braga cobrou dos integrantes petistas de seu governo que Praciano não o atacasse durante seus discursos e suas aparições em debates.

Na última quinta-feira (11), em debate transmitido pela TV Bandeirantes, o candidato chamou o governo estadual de corrupto. Líderes petistas chegaram a ameaçar entregar seus cargos, mas a situação foi contornada após duas horas de reunião.
  • Fernando Bizerra Jr/EFE

    Governador Eduardo Braga (PMDB)


    O mal-estar entre o PT e Braga começou na última segunda-feira (15), quando o governador reuniu seus secretários para criticar a postura de Praciano. "O governador não é candidato. Não tem porque ele ser trazido para esse debate", afirma o deputado estadual Sinésio Campos, presidente Estadual do PT.

    Constrangimento



    Durante a reunião da segunda-feira, secretários petistas do governo do Estado sentiram-se contrangidos com as declarações de Braga. De acordo com fontes que participaram do encontro, Braga teria acusado os petistas de serem menos fiéis ao governo que membros ligados ao ex-governador Amazonino Mendes (PTB), que também é candidato à Prefeitura de Manaus.

    Aborrecidos, líderes históricos do PT amazonense como a reitora da UEA (Universidade do Estado do Amazonas), Marilene Corrêa, e o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, José Aldemir de Oliveira, participaram de uma reunião de emergência na sede do governo na tarde desta terça-feira.

    A portas fechadas, Braga teria pedido desculpas pelas críticas que fez ao grupo do PT, mas reiterou o pedido para que as Executivas Estadual e Municipal do PT orientassem Praciano a evitar críticas consideradas ofensivas.

    O presidente municipal do PT, Waldemir Santana, disse discordar da postura de Praciano e que irá conversar com o candidato sobre os ataques. "Nós temos um entendimento de que nossa campanha deve apresentar propostas, não ofensas e ataques pessoais", diz. Praciano, por sua vez, afirmou que não irá mudar sua postura durante a campanha. "Não estou a par dessas reuniões, mas não tenho por que mudar o tom", afirmou o candidato.

    Os desentendimentos entre o governador Eduardo Braga e a cúpula petista acontece a pouco menos de 20 dias para as eleições e diante de um cenário nada animador. O candidato apoiado por Braga, Omar Aziz (PMN), apesar de ter arrecadado três vezes mais dinheiro (R$ 3,1 milhões) que todos os outros candidatos à prefeitura de Manaus, caiu um ponto percentual (de 17% para 16%) de acordo com a última pesquisa do Instituto Perspectiva e agora está tecnicamente empatado com Francisco Praciano (12%) e Serafim Corrêa (14%), do PSB, em segundo lugar, correndo o risco de não ir para o segundo turno.

    O PT ocupa sete pastas com status de secretaria no governo estadual.

    Veja mais notícias de eleições na cidade de Manaus - AM

    Compartilhe:

      ÚLTIMAS NOTÍCIAS

      Mais notícias

      Hospedagem: UOL Host