O candidato a prefeito de Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros de Manaus), Romeiro Mendonça (PPS), que estava foragido da Polícia Federal, conseguiu na noite desta segunda-feira (1) um habeas corpus e, pelo menos por enquanto, não corre mais o risco de ser preso.

No último final de semana, a PF tentou prendê-lo por duas vezes, sem sucesso. O candidato a vice-prefeito de sua chapa é o ex-delegado geral da Polícia Civil do Amazonas, Vinícius Diniz.

Romeiro é acusado de pertencer a uma quadrilha que fraudava licitações públicas em obras contratadas pela Prefeitura de Presidente Figueiredo e pelo governo do Estado. O esquema foi desbaratado pela PF em 2004 durante a Operação Albatroz, na qual Romeiro chegou a ser preso.

De acordo com a Justiça, a quadrilha, que seria comandada pelo ex-deputado estadual Antônio Cordeiro, teria movimentado R$ 500 milhões em cinco anos.

Na última sexta-feira, o juiz federal Ricardo Augusto de Salles deferiu mandado de prisão contra Romeiro e sua esposa, Alessandra Mendonça. Agentes da PF foram a Presidente Figueiredo e à sua casa em Manaus a procura do casal, mas eles não foram encontrados.

Nesta terça-feira (2), Romeiro concedeu uma entrevista ao jornal "A Crítica" na qual se defendeu das acusações de que estaria coagindo testemunhas envolvidas no caso da Operação Albatroz. "Essa história de constranger testemunhas é uma coisa muito vaga para que seja decretada uma prisão preventiva", criticou.

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