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03/10/2008 - 01h44

Sem Iris Rezende no debate, candidatos tentam convencer eleitor a levar disputa ao segundo turno

Sebastião Montalvão
Especial para o UOL Eleições
Em Goiânia
Três dos quatro candidatos à Prefeitura de Goiânia participaram do último debate com um objetivo comum: convencer o eleitor da necessidade de levar a disputa para o segundo turno. Iris Rezende (PMDB), favorito nas pesquisas e com grandes chances de ganhar a disputa no primeiro turno (segundo as pesquisas) não compareceu.

Nas últimas pesquisas, Iris Rezende aparece com índices próximos a 70% da preferência do eleitorado.

O debate, promovido pela TV Anhanguera (afiliada da Rede Globo), serviu como a última cartada de Sandes Junior (PP), Gilvane Felipe (PPS), Martiniano Cavalcante (PSOL), para tentar evitar a vitória do peemedebista já no próximo domingo.

"As pesquisas não revelam o sentimento das ruas. E o sentimento é de mudança. Temos plena convicção de que estaremos no segundo turno", afirmou Sandes Júnior."

"Estamos qualificados para o debate e queremos levar e aprofundar essa discussão para o segundo turno", disse Gilvane. "Tenho orgulho do esforço e dedicação de todos na campanha. Fizemos a campanha da humildade e é com base nisso que peço a oportunidade de enfrentar o atual prefeito no segundo turno também."

Como nos debates anteriores, o peemedebista foi o principal alvo dos adversários. Sandes cobrou explicações de Iris sobre a declaração de renda dele ao Tribunal Regional Eleitoral. "Ele tem mais de 3.500 alqueires de terra e não declarou nenhum boi. Como pode isso?", questionou.

Já Martiniano questionou a qualidade dos serviços na saúde e educação promovidos pela gestão de Rezende. "Pergunto ao candidato ausente se ele não se envergonha do fato de crianças continuarem analfabetas após quase quatro anos na escola", afirmou, voltando-se para o púlpito vazio reservado ao peemedebista.

Ao contrário dos debates anteriores, o clima de cordialidade foi quebrado pelo próprio Martiniano, que também questionou Sandes sobre a coerência política: "Como o senhor pode cobrar e falar de corrupção no PMDB se já foi do partido? Como falar de corrupção fazendo parte do partido de Maluf, ícone da corrupção no país?"

Visivelmente irritado, o pepista cobrou respeito ao adversário. "A mão tem cinco dedos, nenhum é igual, e o que o senhor está fazendo comigo é uma injustiça: sou um candidato ficha limpa."

Críticas à parte, os três também aproveitaram os temas variados do debate para reforçar as promessas de campanha.

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