A elevação no tom das críticas dos adversários provocou reação no comando de campanha de Iris Rezende (PMDB), favorito nas pesquisas em Goiânia. Até então adepto do estilo paz e amor, agora a coligação tem buscado juridicamente direito de resposta aos ataques, principalmente vindos de Sandes Júnior (PP). Para o peemedebista, que busca a reeleição, a estratégia do adversário é um ato de "desespero" e "mesquinharia".

"Tenho procurado respeitar a todos até por entender que são pessoas de valor. Nós realmente estamos fazendo uma campanha diferenciada. E, apesar dos ataques, vamos continuar nossa campanha propositiva, mostrando o que fizemos e o que ainda podemos fazer por Goiânia", disse o candidato. Até então, ele ainda não havia respondido diretamente as críticas, mas afirmou que pretende usar o direito de resposta quando se sentir atingido.

Na verdade, Iris até já usou. No início da semana, a coligação de Iris recorreu à justiça e garantiu um minuto do tempo de TV do pepista para se defender da acusação de que o prefeito teria beneficiado a irmã em um decreto que alterou a planta imobiliária de uma quadra do Setor Bueno.

No programa eleitoral, a coligação de Iris rebateu a denúncia, apresentando alguns documentos, para provar que o processo já estaria arquivado pelo Ministério Público. A coordenação da campanha de Sandes, porém, afirmou que manterá o tom crítico da campanha, inclusive levando o boneco João Atento, espécie de alter-ego de Íris, que é quem faz a maioria das críticas, para as caminhadas e carreatas.

O clima nada amistoso, inclusive, tem sido a justificativa para Iris não comparecer aos debates. Ele não foi, por exemplo, ao promovido pela Rádio Interativa FM. E, mais uma vez, foi o alvo dos outros três adversários. Sodino Vieira, que faz parte da coordenação da campanha peemedebista, justificou a ausência afirmando que o prefeito "não iria se submeter a um duelo e a ataques desesperados dos adversários".

Entre os três adversários de Iris, o clima foi de cordialidade e insatisfação pela ausência do principal concorrente. "Ele desrespeita os eleitores ao não comparecer para debater", ressaltou Gilvane Felipe (PPS). Para Sandes, o prefeito foge do debate para não ter que responder a perguntas e questionamentos sobre a sua administração. "Ele reduziu, por exemplo, investimentos na educação, de 30% para 25%", avaliou o pepista.

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