Candidatos prometem solucionar pendências da saúde, em Goiânia

Tido como um dos grandes desafios dos gestores em todo país, o setor de saúde ganhou atenção especial dos quatro candidatos em Goiânia. Em algumas especialidades, como oftalmologia, por exemplo, a cidade é referência nacional de atendimento em algumas clínicas privadas. No setor público, no entanto, ainda existem problemas graves que precisam ser solucionados. Todos os candidatos apresentam, em seu plano de governo o que consideram ser a solução para essas deficiências.

O principal problema se refere à questão do atendimento de emergência, já que o Hugo (Hospital de Urgências de Goiânia) apresenta superlotação. Além do atendimento aos moradores de Goiânia, o hospital (que é gerido pelo governo estadual) recebe diariamente centenas de pacientes de outras cidades do interior e até de outros estados.

Favorito nas pesquisas, o prefeito Iris Rezende (PMDB), que busca a reeleição, aposta na construção de novas unidades de emergência. No plano de governo do peemedebista consta a construção e ampliação dos centros de atendimentos nos bairros (Cais e Ciams), além da Aquisição de equipamentos para estruturação dos postos de atendimento, incluindo raio-x e aparelhos para laboratórios e de ultrassonografias.

Além disso, prevê ainda a capacitação de todos os profissionais para o atendimento ágil, humanizado e de qualidade à população. Além disso, promete ampliação no número de equipes de saúde da família (50 novas equipes), implantação de 70 equipes de Saúde Bucal e a implantação do Programa Saúde nas Escolas - uma equipe multiprofissional da SMS circulará nas escolas identificando possíveis doenças nas crianças e encaminhando-as para o tratamento.

Já Sandes Júnior (PP), segundo colocado nas pesquisas, aposta em um plano mais ousado. Seria a construção de um hospital Municipal. "Goiânia é uma das poucas cidades de maior porte que não dispõe de um hospital municipal", justifica o candidato. A unidade teria disponibilidade inicial de 125 leitos e mais 20 leitos na UTI. Disporia ainda de oito salas de cirurgia, dois de recuperação pós-cirúrgica. O custo seria de aproximadamente R$ 25 milhões, apenas a parte física.

Além disso, o pepista promete a informatização de todos os consultórios dos postos de saúde da prefeitura, possibilitando a criação de um prontuário eletrônico único para cada paciente. Também promete a criação do SIM (Sistema Inteligente de Medicamentos), que controlaria todo estoque de medicamentos das farmácias municipais.

Mas ousadia mesmo está contida nas propostas de Martiniano Cavalcante (POL), que promete um sistema de Gestão Coletiva e Democracia Direta na saúde. O secretário da pasta e todos os ocupantes de postos de chefia seriam escolhidos pelos próprios funcionários da saúde municipal. A prefeitura também aplicaria 25% de todo o orçamento municipal na saúde (mais que o dobro que a atual gestão). Ao mesmo tempo, Martiniano pretende transformar em luta política e jurídica contra os governos do Estado e da União a demanda para que apliquem o mesmo montante no setor.

Gilvane Felipe (PPS) diz que seu governo pretende levar a saúde até a casa do paciente, atingindo o número de 400 mil pessoas atendidas pelo Programa Saúde da Família, para universalizar os atendimentos nos bairros da cidade. Também pretende fazer o acompanhamento das crianças na escola, diminuindo as demandas para os postos de saúde, em especial nos CMEIS - Centros Municipais de Educação Infantil. O foco, segundo o candidato, seria na criança, na mãe e nos pacientes da terceira idade.

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