O candidato Sandes júnior (PP) decidiu elevar o tom das críticas ao prefeito, e candidato a reeleição, Iris Rezende (PMDB) no horário político gratuito. Na corrida para decolar nas pesquisas e tirar eleitores do rival, o pepista utilizou munição mais pesada no programa apresentado nessa quarta-feira (18), à noite. O destaque ficou por conta de uma denúncia relativa a um decreto do prefeito de 2005, alterando denominação de zona residencial de uma quadra no Setor Bueno, setor nobre da capital. Segundo a denúncia, doze dos 14 lotes da 167-A pertenciam a Iracema Carneiro Zago, irmã do prefeito. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público.

Ainda segundo o programa do pepista, o terreno foi vendido para a Incorporadora Borges Landeiro por aproximadamente R$ 6 milhões. Um complexo residencial com cinco torres de apartamentos está sendo construído no local. Com a antiga classificação, o local só poderia receber edificação de até dois pavimentos e seria negociado por, no máximo, R$ 2 milhões. O curioso da história é que a denúncia foi feita na Câmara Municipal por um vereador do PT, hoje partido aliado de Iris Rezende, que não comentou a denúncia.

Sandes também encontrou uma maneira de driblar a proibição do TRE, que determinou a retirada do ar do fantoche "Zé Atento", que fazia denúncias e até imitava o peemedebista. No programa de ontem, ele lançou o "João Atento", que se diz irmão mais novo da família. É mais cauteloso nos ataques, mas indiretamente também mostra o que chama de "enganação" dos programas do rival.

Em entrevista a um programa de TV, Sandes também criticou as obras viárias da prefeitura, principalmente os viadutos. "Goiânia tem o único viaduto do mundo que tem semáforo. Para resolver a questão do trânsito tem que ter planejamento", disse.

Já Iris Rezende manteve a linha propositiva do programa. Apresentou balanço do que já foi feito pela administração atual e propostas, principalmente para o setor de saúde.

Gilvane Felipe (PPS) destacou a segurança pública e afirmou que a prefeitura também tem responsabilidade quando o assunto é segurança e Martiniano Cavalcante (PSOL) usou seus poucos minutos para apresentar propostas para mulheres, dando destaque para a licença-maternidade de seis meses.

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