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14/08/2008 - 15h54

Três dos quatro candidatos seguem com registros pendentes em Goiânia

Sebastião Montalvão
Especial para o UOL
Em Goiânia
A Justiça Eleitoral de Goiás deve julgar, até sexta (15), os recursos de três dos quatro postulantes à Prefeitura de Goiânia. Sandes Júnior (PP), Gilvane Felipe (PPS) e Martiniano Cavalcante (Psol) tiveram o pedido de registro das candidaturas negado, principalmente por problemas de documentação. Enquanto aguardam julgamento, os três seguem fazendo campanha.

A situação em Goiânia é pouco comum. Oficialmente, há pouco mais de um mês das eleições, apenas Iris Rezende (PMDB) é candidato nas eleições de outubro. Mas até o atual prefeito teve sua candidatura negada, mas conseguiu reverter a situação e teve o registro aprovado. E aposta que os concorrentes também darão a volta por cima. "São decisões iniciais e reversíveis. Não estou sozinho. Somos quatro na disputa", ressaltou o atual prefeito.

Assim como foi com Iris Rezende, Sandes Júnior também precisa driblar um problema com o vice. De acordo com a decisão judicial, Guilherme de Freitas (PTN), companheiro de chapa do pepista, não teria comprovado a filiação partidária. Freitas, inclusive, é o presidente da legenda. "Foi um erro de interpretação. Só isso. Mas é uma situação que vamos reverter o mais rápido possível", afirmou o advogado de Sandes, Ismerim Medina.

De acordo com a defesa da coligação, o problema se deve a um problema de interpretação. O diretório do PTN teria enviado uma lista com os filiados para o TRE onde não constava o nome de Guilherme. Porém, segundo Medina nunca houve desfiliação. "Esse é um assunto do departamento jurídico. Nós continuamos fazendo campanha", disse o candidato. Mesmo se não conseguir reverter a decisão, Sandes Júnior tem a opção de trocar o vice e concorrer normalmente.

Já o pedido de Gilvane Felipe foi indeferido por dois motivos. O PV, partido da vice Jacqueline Vieira, não teria apresentado assinatura de um representante na ata. E, no entendimento do Juiz, Gilvane também não teria se desincompatibilizado de cargo público dentro do prazo exigido, além de não ter comprovado nível de escolaridade. Ele ocupava um cargo no gabinete do senador Marconi Perillo (PSDB). "Estamos tranqüilos. Isso é um assunto que resolveremos logo", afirmou Paulo Souza, que faz parte da coordenação da campanha.

A defesa pretende utilizar um documento do senado onde mostraria que o candidato foi exonerado no gabinete do Senado em maio. Quanto à escolaridade, Gilvane é professor universitário, com formação em uma renomada instituição francesa.

Martiniano Calvacante foi impugnado porque entregou a lista de presença da ata da convenção em separado. Além disso, o PCB, que faz parte da coligação, apresentou apenas quatro assinaturas. O PSTU, outro partido da coligação, segundo entendimento do Juiz, não possuía direção municipal. "Acho tudo isso um absurdo, que só atrapalha a campanha", desabafa Martiniano. O advogado da coligação, Rogério Lima, disse que a decisão foi baseada em "suposições", principalmente no que diz respeito à existência do diretório do Psol na capital.

Independente do clima de tensão gerado com as impugnações, os candidatos continuam em campanha. Sandes participou de duas caminhadas. Martiniano também participou de três eventos públicos: duas caminhadas e um bandeiraço. Gilvane participou de gravações. Ele é o único que ainda não fez campanha de rua. Segundo a assessoria, a campanha ainda não dispõe de material de trabalho para a campanha.

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