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08/07/2008 - 17h15

Previsão de gastos para este ano supera em R$ 10 milhões de 2004

Sebastião Montalvão
Especial para o UOL
Em Goiânia
Apesar de contar com apenas quatro candidatos, a eleição em Goiânia pode custar mais de R$ 25 milhões. Pelo menos é essa a previsão dos concorrentes durante o registro das candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Para se ter uma idéia, em 2004, com o dobro de candidatos, oito no total, a projeção inicial de todos os concorrentes era de R$ 15 milhões - R$ 10 milhões a menos do que este ano.

O maior investimento previsto é da campanha de Íris Rezende (PMDB) atual prefeito. Mesmo bem colocado nas pesquisas (67% da preferência, segundo o Instituto SERPES), o teto estipulado para a disputa à reeleição é de R$ 11,7 milhões. O valor é quase o dobro da previsão feita pelo peemedebista para a campanha de 2004, quando venceu o então prefeito Pedro Wilson (PT) no segundo turno.

Na eleição anterior, a previsão de custos era de R$ 6 milhões, mas no balancete apresentado ao TRE mostrou uma despesa real de R$ 3.384.109,64. "Essa previsão é feita de maneira que possamos trabalhar com uma margem segura. Geralmente se gasta muito menos que a previsão apresentada", informou a assessoria do prefeito Íris Rezende.

Sandes Júnior (PP) também faz projeções bem otimistas de arrecadação e estipulou o teto de despesas de campanha para as eleições de outubro em R$ 10,2 milhões. Quase triplicou o valor em relação à campanha passada, quando apresentou estimativa de R$ 3,5 milhões. "Na verdade, esse valor é uma referência. Uma forma de evitar pedidos de suplementação depois", disse o candidato pepista.

O destino dos recursos dos candidatos, na maior parte, será para produção dos programas de TV. A coligação de Íris Rezende será a que terá mais tempo, com cerca de 26 minutos, nos dois blocos de propaganda eleitoral. Sandes Júnior terá, somados, 22 minutos e 30 segundos por dia para exibir suas propostas.

Os outros dois candidatos na disputa também apostam alto na arrecadação. Gilvane Felipe (PPS), que terá cerca de 4 minutos de propaganda gratuita na TV, admite gastar até R$ 3 milhões. "Depende muito da nossa capacidade de arrecadação, mas não devemos gastar isso tudo. Vamos utilizar o tempo que temos para fazer uma campanha, sem ataques, só com propostas", ressalta o candidato.

Já Martiniano Cavalcante estipulou o teto de gastos em R$ 2 milhões, mas faz questão de ressaltar que o custo real da campanha será muito menor que isso. "Se arrecadarmos 20% disso (R$ 400 mil), será bom demais", afirma. Ele também se conforma com os 2 minutos e 40 segundos que deve ter na TV. "É o suficiente para mostrarmos as propostas. Não precisamos gastar tempo mostrando florzinhas se abrindo", disse.


Patrimônio


Além das despesas de campanha, também foi divulgado o patrimônio pessoal de cada um dos quatro concorrentes. Juntos, os quatro apresentam bens avaliados em quase R$ 7 milhões. Íris Rezende (PMDB) declarou ao TRE possuir R$ 6,014 milhões, entre fazendas, apartamentos e ações de empresas.
Sandes Júnior, segundo lugar nas pesquisas, é segundo também em riqueza. O radialista e deputado federal declarou possuir patrimônio de R$ 387.428,57, composto basicamente por três apartamentos na capital goiana.

Nessa lista, o terceiro lugar é ocupado pelo engenheiro Martiniano Cavalcante, que declarou um apartamento e cotas de participação em uma empresa de engenharia que, juntos, somam R$ 364.400,00. Já Gilvane Felipe apresentou patrimônio de R$ 208.840,57.

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