Antes mesmo de ter seu nome confirmado na convenção partidária para a reeleição, que será realizada no domingo (29), o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), já faz planos para 2010. Ele não confirma oficialmente, mas não descarta a possibilidade de ficar apenas dois anos no cargo para tentar voltar ao governo de Goiás, cargo que já ocupou outras duas vezes.

"Um político tem que pensar longe, ver à frente. Eu sou um instrumento do povo. Se quiserem que eu fique os quatro anos, eu fico. Mas se entenderem que posso contribuir melhor na chefia do governo... não posso subestimar a inteligência do povo", afirmou o prefeito, em entrevista à TV Bandeirantes.

A aliança com o PT, na atual campanha municipal, poderia até ser, segundo os oposicionistas, o indicativo de que a parceria seria uma troca de poderes. De acordo com o discurso dos oposicionistas, o prefeito, se reeleito, se licenciaria, no segundo ano do mandato, e o PT assumiria a prefeitura. Em troca, os petistas apoiariam sua candidatura para voltar a ser governador do Estado.

"Na verdade, essa é uma conversa da oposição, que vem desde a eleição passada. Prometi ficar os quatro anos e fiquei. Se amanhã eu sentir que deva deixar a prefeitura, sei que o povo vai entender", afirmou.

Disputa 'morna'
O quadro político na capital goiana aponta para uma campanha que talvez seja a menos disputada da história da democracia na cidade. O candidato à reeleição, o prefeito Iris Rezende (PMDB), aparece em todos os institutos de pesquisa como favorito.

No levantamento feito pelo Instituto Serpes, de Pesquisas de Opinião de Mercado, Rezende estava com 58,6% de intenções de voto. A pesquisa foi feita em maio. Outra pesquisa, realizada pelo Instituto Fortiori, também divulgada em maio, mostrava que Rezende tinha 57,3% das intenções de voto. Por enquanto, Rezende é pré-candidato - a convenção do PMDB, que vai oficializar sua candidatura, será realizada no domingo, dia 29 de junho.

O adversário mais próximo de Iris é o deputado federal Sandes Júnior (PP), que aparece nas pesquisas de maio com 9,2% dos votos (Serpes) e 8,3% (Fortiori). Em ambas, ele aparecia em terceiro lugar. Porém, o senador Demóstenes Torres (DEM), que ocupava a vice-liderança, desistiu da candidatura.

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