Em último comício, Luizianne evita clima de "já ganhou"

Evitando comemorar a vitória antecipada, a candidata à prefeitura de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), realizou, na noite desta terça-feira (30), o último comício de sua campanha antes das eleições. Apesar de liderar com vantagem as pesquisas de intenção de voto, a petista disse que ainda não está cientificamente provado que as eleições se encerram no primeiro turno. "Não podemos de forma alguma entrar nesse clima e eu nunca fui uma pessoa de cantar vitória de véspera. E eleição só se resolve quando se conta o último voto".

Na última pesquisa Datafolha, dia 27 de setembro, Luizianne aparece com 47% das intenções de votos, 3 pontos percentuais a mais que as somas dos demais candidatos juntos.

Luizianne pediu que seus eleitores não "cochilassem" porque os ataques a sua gestão estariam se intensificando cada vez mais. A convocação para a mobilização, nesta reta final da campanha, foi o tema central do comício. O presidente municipal do PT e ex-candidato a vice da chapa de Luizianne, Raimundo Ângelo, foi um dos que pediu para que a militância não deixasse de trabalhar até o dia da eleição porque "não se ganha de véspera e nem com resultado de pesquisa eleitoral".

A petista usou seu último comício para, mais uma vez, enumerar as conquistas de sua administração e falar sobre os projetos para o seu eventual segundo mandato. "Queremos deixar as pessoas cada vez mais informadas do que foi conquistado e continuar esclarecendo o povo". E reconheceu que, durante sua gestão, não soube mostrar de forma mais cotidiana os projetos que estavam sendo realizados.

Apesar de dizer que irá até o final das eleições sem responder as críticas de seus adversários, Luizianne rebateu as acusações de que está mostrando em seus programas eleitorais uma "Fortaleza virtual". "Se eu não tivesse feito um bom governo, eu não tinha conseguido inventar uma realidade. Se essas coisas que estão sendo mostradas não tivessem uma base de sustentação, as pessoas não estariam aderindo ao nosso projeto de governo", afirmou.

Sem dizer com qual candidato prefere continuar numa eventual disputa, a petista declarou que, se houver segundo turno, irá reforçar o pedido para que o presidente Lula participe de sua campanha. O presidente não gravou depoimento e também não veio à Fortaleza porque são dois os candidatos de sua base aliada participando da disputa: Luizianne e Patrícia Saboya (PDT).

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