Fagner critica música "dançante" e ataca gestão de Luizianne em Fortaleza

O cantor Raimundo Fagner, 59 anos, criticou neste sábado (27) o que denominou de "momento dançante" da música brasileira e advertiu que o ritmo contribui para a alienação dos jovens. Em Teresina (PI), o cantor, que fez show à noite no Atlantic City, falou de eleições e atacou a administração da prefeita de Fortaleza (CE), Luizianne Lins, que tenta reeleição pelo PT.

"A administração de Luizianne é aquém do que se esperava. É uma gestão mais de oba, oba. Ela trabalha bem o fisiologismo, que é da política, mas não é de quem está desbravando. Acho que se fala muito do que ela faz, mas ela fez pouco por Fortaleza. É preciso fazer mais", afirmou o cantor - que vota em Orós (interior do Ceará) - durante entrevista no Metropolitan Hotel.

Bastante à vontade, ele brincou com os jornalistas sobre futebol. Disse que ele e o Ronaldinho estão "desempregados", porém se considera mais "em forma" do que o fenômeno. Torcedor do Fortaleza revelou que estava triste, já que o seu time perdeu ontem por 1X0 para o Vila Nova.

Para o cantor, a música vive um momento "dançante" que reforça alienação dos jovens. "Parece uma guerra. Surge, a todo instante, um tipo de gente, de coisa, de artista, fazendo os mais variados tipos de música. Nenhum país do mundo tem isso. Aqui, agente vive um momento muito dançante. Acho que uma hora vai faltar o lado pensante da música no Brasil. A mídia tem conduzindo a juventude no sentido errado, apenas se divertir sem nenhuma preocupação. Por isso, mesmo a juventude anda um pouco alienada", afirmou.

Para ele, a música se banaliza quando para ter um "efeito imediato", no entanto, o cantor ressaltou que existem artistas que resistem a isso e fazem sucesso. Fagner destacou que há cantores que agradam o público, mesmo sem a mídia, por terem identidade como o maranhense Zeca Baleiro e outros.

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