22/09/2008 - 21h14

Após renúncia de Luiz Gastão, Moroni busca apoio do PPS

Samanta Petersen
Especial para o UOL
Em Fortaleza

O candidato à Prefeitura de Fortaleza Moroni Torgan (DEM) afirmou na noite desta segunda-feira (22) que está buscando apoio do PPS após a desistência do candidato do partido, Luiz Gastão, a disputar a prefeitura do município. Gastão alegou problemas de ordem pessoal.

"O PPS é um partido importante e nós mandamos um recado de que estamos abertos para conversar e a recebê-los dentro da nossa coligação. Mas estamos deixando eles livres para decidir e respeitamos qualquer decisão que eles tomarem", afirmou Moroni.

Com a desistência de Luiz Gastão, o PPS tem um prazo de 10 dias para enviar um novo nome ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Ceará ou, se desistir de ter candidato próprio, poderá apenas apoiar um dos concorrentes, já que o prazo para coligação encerrou-se no dia 30 de junho.

Se o partido não indicar um substituto, a Justiça Eleitoral deverá realizar uma redistribuição do tempo entre os candidatos remanescentes na propaganda eleitoral.

A executiva municipal e estadual do PPS fará reunião na tarde desta terça-feira (22) para definir os rumos para esta eleição.

Renúncia de Luiz Gastão

Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda (22), o empresário Luiz Gastão (PPS) afirmou que existe um complô contra ele na Fecomércio, do qual ele havia se afastado da presidência para ser candidato à Prefeitura de Fortaleza, que o teria motivado a renunciar à candidatura. Mas, não quis explicitar qual o motivo do complô.

"Existem algumas coisas que, ao seu tempo, vão ser mostradas. Eu me afastei de fato (da Fecomércio) e deixei de acompanhar algumas situações. Mas, ao seu tempo, vai ser mostrado (que complô é esse)", declarou.

Um dos motivos levantados para a possível desistência do candidato seria a insatisfação do sistema Fecomércio com a apresentação dos projetos da entidade na propaganda eleitoral do candidato. "Houve sim uma denúncia de que era lícito ou não apresentar as imagens nos programas eleitorais. Aí eu pergunto: quem é que não mostra o que faz? Será que é crime?", questionou.

Luiz Gastão não quis adiantar se o PPS irá substituí-lo ou se o partido apoiará outro candidato na disputa. Ele já foi reconduzido à presidência da entidade.