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26/08/2008 - 18h02

No primeiro debate, Luizianne é alvo de adversários

Samanta Petersen
Especial para o UOL
Em Fortaleza
O primeiro debate entre os candidatos que disputam à Prefeitura de Fortaleza, exibido nesta terça-feira (26) pela TV Jangadeiro afiliada do SBT, a candidata Luizianne Lins (PT) foi o alvo preferido dos adversários, que apresentaram críticas a sua tentativa de reeleição e à atual gestão.

Durante quase duas horas, a maioria das críticas recaiu sobre a administração na área da saúde. Neste quesito, não houve novidade, visto que os programas eleitorais da maioria dos candidatos têm apontado a questão.

Por duas vezes, a petista teve direito de resposta concedido. Além de fazer um balanço da gestão, a prefeita alfinetou os concorrentes afirmando que todos os candidatos têm "solução mágica", mas que, mesmo não sendo novos na política, não resolveram os problemas. A petista ainda disse que os adversários estão desinformados sobre a realidade da cidade.

Outro ponto bastante abordado foi o apoio político e as coligações de Luizianne e também de Patrícia Saboya (PDT), que aproveitou a oportunidade para dizer mais uma vez que está sofrendo censura por não poder usar imagens ou citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador Cid Gomes (PSB) e o deputado federal e seu ex-marido, Ciro Gomes (PSB) em seus programas eleitorais.

Sobrou até para o candidato Renato Roseno (PSOL), que se diz contrário a "acordos de ocasião". O candidato foi indagado sobre ter apoiado Luizianne na eleição de 2004. Renato defendeu-se argumentando que deixou a aliança com a petista quando ela passou a apoiar Cid Gomes, que representaria o mesmo modelo dos ex-governadores Tasso Jereissati (PSDB) e Ciro Gomes (PSB) e do ex-prefeito Juraci Magalhães (PMDB).

Roseno ainda declarou que as brigas entre os candidatos são artificializadas, já que tudo seria um jogo de interesses dos grupos fortes. Ele citou Patrícia, que foi do PSDB; Moroni Torgan (DEM), que foi vice-governador de Tasso Jereissati e candidato, em 2006, a vice do ex-governador Lúcio Alcântara (PR); além de Adahil Barreto (PR), que aparece na campanha como candidato de Lúcio.

Patrícia reafirmou que não precisa de muletas ou de bengalas para sua candidatura, mas que não pode esconder sua história e a relação que tem com Lula, Cid, Ciro e Tasso. Ela disse ainda que não pode ser ingênua e desagregar aqueles que podem contribuir com a cidade.

Já Luizianne afirmou que não é uma "aliancista" clássica, mas também não pode desconsiderar o movimento feito em prol de Fortaleza e, mesmo com as alianças, não abriu mão de nada do programa de governo e nem da forma de ser e agir.

Participaram do debate os candidatos: Adahil Barreto (PR), Aguiar Júnior (PTC), Luiz Gastão (PPS), Luizianne Lins (PT), Moroni Torgan (DEM), Pastor Neto (PSC), Patrícia Saboya (PDT) e Renato Roseno (PSOL).

Bastidores



Depois do debate, Luizianne Lins (PT) foi indagada sobre as declarações do deputado federal Ciro Gomes (PSB), que chamou sua administração de "fuleiragem". A petista disse que não lhe interessa responder as coisas que o deputado diz.

Já Patrícia Saboya (PDT) afirmou que todos os cearenses conhecem Ciro e sabem que esse é o jeito dele. "É a força da natureza, ele é assim, ninguém segura aquela língua". Mas declarou que não usaria o termo para classificar a administração da petista.

"A administração não é um caos, não é uma tragédia, mas é muito fraca, é muito ruim. Ela teve quatro anos e não fez absolutamente nada que tivesse melhorado de fato a vida das pessoas", afirmou a candidata do PDT.

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