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26/09/2008 - 20h05

Impasse entre prefeituráveis de Curitiba põe debate da Globo no limbo

Marcus Vinicius Gomes
Especial para o UOL
Em Curitiba

O debate entre os candidatos à prefeitura de Curitiba na TV Globo, marcado para o próximo dia 2 de outubro, pode ser cancelado pela emissora, caso não haja um acordo entre os oito concorrentes.


Por determinação da Central Globo de Jornalismo, o debate só será realizado com um máximo de seis candidatos. A central argumenta que o tempo de 1 hora e meia, imposto a todas as praças onde a emissora tem afiliadas, inviabilizaria a exposição das propostas dos candidatos e prejudicaria a avaliação do eleitor, caso o número de concorrentes ultrapasse esse limite.


A TV Paranaense (afiliada da Globo no Paraná) propôs a princípio um debate entre os quatro primeiros colocados nas pesquisas e ofereceu aos demais entrevistas nos telejornais da emissora. Os candidatos, no entanto, rejeitaram a proposta.


Em nova reunião, a emissora estipulou então o número máximo de candidatos - seis - e deixou que os próprios partidos e coligações se reunissem para discutir quem seriam os dois excluídos.


Exceto o prefeito Beto Richa (PSDB), que mantém índices que superam o percentual de 70%, e a petista Gleisi Hoffmann, que sustenta dígitos nas pesquisas que oscilam de 10% a 16¨% desde o início da campanha, os demais candidatos amargam índices magros que variam de 0% a 2%.


Os partidos, contudo, alegam que tem representação na Câmara Federal - incluindo o PTdoB do "folclórico" Lauro Rodrigues - e preencheriam assim a exigência prevista na legislação eleitoral para participarem do debate.


A Globo enfrenta problemas também em praças de maior porte como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. Nesta sexta-feira (26), a TV Paranaense informou que espera uma resposta dos partidos até o início da próxima semana antes de cancelar definitivamente o debate.


A emissora alega que não poderia estender o tempo previsto para ter início após a novela das 21h, porque correria o risco de infringir a legislação eleitoral. A partir da 0h de sexta-feira (3) o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) proíbe a manifestação dos candidatos.


Na semana passada, durante encontro em colégio de Curitiba, o petebista Fábio Camargo apelou à TV Bandeirantes para que promovesse o último debate entre os candidatos à prefeitura.


O diretor de redação da Band, Fabrício Binder, descarta a possibilidade. "É uma questão de logística. Promover um debate envolve pelo menos três meses de trabalho e negociação com os partidos".


A alternativa neste caso seria a TV Educativa, emissora do governo do estado, que já patrocinou dois debates durante esse período e se propõe a abrigar um terceiro. A coordenação de campanha do tucano Beto Richa, no entanto, informa que o candidato só participará do debate programado pela Rede Globo. Caso contrário não irá comparecer. Nos dois encontros anteriores promovidos pela TVE, Richa e o também candidato Lauro Rodrigues (PTdoB) não estiveram presentes.

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