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23/09/2008 - 18h17
Camargo diz que vai lançar livro contando bastidores da eleição
Marcus Vinicius Gomes
Especial para o UOL
Em Curitiba
Especial para o UOL
Em Curitiba
O candidato do PTB à Prefeitura de Curitiba, Fábio Camargo, anunciou nesta semana a intenção de publicar um livro em que contará os bastidores das eleições na capital do Paraná.
Desde o início do mês, Camargo vem preenchendo os intervalos de sua agenda com longos depoimentos dados ao jornalista Eduardo Mira, que é também seu assessor de campanha, onde relata casos ocorridos antes e durante o período eleitoral.
Anunciado, a princípio, como um "livro-bomba", o relato de Camargo ganhou tom mais ameno depois que um blog de política da capital publicou a notícia acompanhada de uma foto em que o petebista aparece, em festa de lançamento de sua candidatura, ao lado do ex-chefe de gabinete do prefeito Beto Richa (PSDB), Ezequias Moreira.
No ano passado, Moreira foi denunciado em um esquema envolvendo sua sogra Verônica Durau, funcionária fantasma na Assembléia Legislativa.
Durante as investigações ficou provado que os salários da sogra eram depositados diretamente na conta do ex-chefe de gabinete.
O caso provocou a exoneração de Moreira da prefeitura e abalou a pré-candidatura de Richa. No primeiro semestre deste ano, Moreira devolveu cerca de R$ 500 mil aos cofres público para encerrar a ação civil que corre contra ele na Justiça. A criminal, no entanto, continua em tramitação.
Camargo diz que o livro vai se ater às questões de campanha sem extrapolar para denúncias vazias ou fora de propósito. "Os nomes serão preservados na medida do possível, o que me interessa é mostrar como funciona a máquina eleitoral".
Um dos trechos mais esperados do livro é aquele que relata as barganhas das coligações e as somas vultosas envolvendo o tempo dos partidos nas propagandas eleitorais.
Deputado estadual cumprindo o seu primeiro mandato, Camargo teria reservado também um capítulo do livro para as indiscrições. Uma delas narra a história da estada de três dias do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, em Curitiba, no início da campanha.
Estranhamente, o deputado cassado e homem-bomba do chamado "mensalão" não apareceu na propaganda eleitoral do petebista, apesar de ter gravado participação.
Há cenas também que lembram um encontro de adolescentes, como a imagem em que o fotógrafo Denis Fereira Netto registra Camargo e os também candidatos Ricardo Gomyde (PC do B) e Carlos Moreira (PMDB) lado a lado nos bastidores do debate da Band, em agosto.
Na foto, Camargo, deliberadamente, faz o sinal característico do "chifre" por trás da cabeça do candidato comunista.
O livro deve ser lançado duas semanas após o término da eleição em Curitiba. Segundo o petebista, a pressa tem explicação. "Quero que o assunto vire tema nas rodinhas de café da Boca Maldita", afirma.
Desde o início do mês, Camargo vem preenchendo os intervalos de sua agenda com longos depoimentos dados ao jornalista Eduardo Mira, que é também seu assessor de campanha, onde relata casos ocorridos antes e durante o período eleitoral.
Anunciado, a princípio, como um "livro-bomba", o relato de Camargo ganhou tom mais ameno depois que um blog de política da capital publicou a notícia acompanhada de uma foto em que o petebista aparece, em festa de lançamento de sua candidatura, ao lado do ex-chefe de gabinete do prefeito Beto Richa (PSDB), Ezequias Moreira.
No ano passado, Moreira foi denunciado em um esquema envolvendo sua sogra Verônica Durau, funcionária fantasma na Assembléia Legislativa.
Durante as investigações ficou provado que os salários da sogra eram depositados diretamente na conta do ex-chefe de gabinete.
O caso provocou a exoneração de Moreira da prefeitura e abalou a pré-candidatura de Richa. No primeiro semestre deste ano, Moreira devolveu cerca de R$ 500 mil aos cofres público para encerrar a ação civil que corre contra ele na Justiça. A criminal, no entanto, continua em tramitação.
Camargo diz que o livro vai se ater às questões de campanha sem extrapolar para denúncias vazias ou fora de propósito. "Os nomes serão preservados na medida do possível, o que me interessa é mostrar como funciona a máquina eleitoral".
Um dos trechos mais esperados do livro é aquele que relata as barganhas das coligações e as somas vultosas envolvendo o tempo dos partidos nas propagandas eleitorais.
Deputado estadual cumprindo o seu primeiro mandato, Camargo teria reservado também um capítulo do livro para as indiscrições. Uma delas narra a história da estada de três dias do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, em Curitiba, no início da campanha.
Estranhamente, o deputado cassado e homem-bomba do chamado "mensalão" não apareceu na propaganda eleitoral do petebista, apesar de ter gravado participação.
Há cenas também que lembram um encontro de adolescentes, como a imagem em que o fotógrafo Denis Fereira Netto registra Camargo e os também candidatos Ricardo Gomyde (PC do B) e Carlos Moreira (PMDB) lado a lado nos bastidores do debate da Band, em agosto.
Na foto, Camargo, deliberadamente, faz o sinal característico do "chifre" por trás da cabeça do candidato comunista.
O livro deve ser lançado duas semanas após o término da eleição em Curitiba. Segundo o petebista, a pressa tem explicação. "Quero que o assunto vire tema nas rodinhas de café da Boca Maldita", afirma.
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