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14/09/2008 - 15h07

Proteção da família é prioridade de Gleisi Hoffmann em campanha pela Prefeitura de Curitiba

Da Redação*
Única mulher a disputar a Prefeitura de Curitiba, a petista Gleisi Hoffmann, advogada, é casada com o bancário Paulo Bernardo, ministro do Planejamento. Sua meta, se eleita, é atuar na proteção, fortalecimento e emancipação da família. Ela prometeu inserir 31 mil famílias do programa Bolsa Família em programas de qualificação profissional e geração de renda, erradicar o trabalho infantil e tirar todas as crianças das ruas.

Gleisi disse que também pretende articular grupos de idosos que se disponham a repassar conhecimento e vivências para as gerações mais novas. A exemplo de Londrina, Gleisi disse que vai implantar estacionamento para os caminhoneiros no centro da cidade, com disponibilidade para refeições, higiene pessoal e acesso a atendimento especializado. Aumentar o número de abrigos, implementar Centros-Dia para idosos e pessoas com deficiência e aprimorar o Cadastro Único, que será referência para todas as políticas são outros objetivos apresentados em seu programa de governo.

Na educação, o contraturno (horário em que a criança não está na escola) será desenvolvido em rede de parcerias. "Teremos educação integral e não escolas integrais. Com equipes multidisciplinares de coordenação de programas de esporte, cultura, lazer para garantir atendimento às crianças e adolescentes da rede municipal e estadual", explicou. Em sua gestão, ela garantiu que será realizada a primeira Conferência Municipal de Educação, para elaborar o plano municipal na área. Ela disse que pretende atender à demanda por creches estabelecida pelo Ministério Público --45 mil vagas--, e ampliar os recursos orçamentários para a educação infantil.

Na área de transportes, Gleisi defendeu algumas medidas emergenciais como a criação do bilhete inteligente: com uma só tarifa será possível usar mais de uma linha de ônibus, podendo trocá-lo no período de até duas horas. Outra ação é retomar as campanhas de educação para o trânsito, utilizando televisões, rádios, salas de aula e outdoors. Gleisi disse que, se eleita, fará parceria com o governo federal e implementará a primeira linha do metrô de Curitiba.

Na área de habitação, dentre as inúmeras propostas, o compromisso considerado número um é de que, para cada R$ 1 investido do orçamento da União em habitação, o município vai investir outro R$ 1 no setor. Hoje, essa proporção é de R$ 1 do governo federal para R$ 0,25 da prefeitura. Outro compromisso da candidata é aplicar o Estatuto do Idoso na construção dos conjuntos habitacionais --3% das moradias devem ser destinadas a essa faixa etária.

Histórico

Foi liderando movimentos estudantis que Gleisi iniciou sua militância política. Ainda jovem filiou-se ao PC do B. Atuou como assessora parlamentar na Assembléia Legislativa do Paraná. Em 1988, quando o atual diretor-geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, foi eleito vereador de Curitiba, Gleisi foi sua assessora. Em 1989, ingressou no PT. Na Câmara, Gleisi especializou-se em orçamento público. Trabalhou com movimentos populares e associações de bairros e participou da elaboração da Lei Orgânica de Curitiba. No PT, Gleisi foi secretária estadual de Mulheres, membro do Diretório Nacional e é a atual presidente estadual do partido.

Em 1993, ela foi trabalhar em Brasília como assessora parlamentar. Participou da equipe de técnicos da Comissão de Orçamento. Em 1999, no primeiro mandato do governador Zeca do PT, assumiu a Secretaria Extraordinária de Reestruturação Administrativa de Mato Grosso do Sul. Voltou ao Paraná em 2001, para a Secretaria de Gestão Pública da Prefeitura de Londrina.

Com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, ela integrou a equipe de transição do governo, atuando com o então ministro Antônio Palocci e com a ministra Dilma Rousseff, no Grupo de Trabalho de Orçamento. Em 2003, foi convidada por Lula e por Jorge Samek para assumir a Diretoria Executiva Financeira da hidrelétrica. Foi a primeira mulher a ocupar um cargo de direção em 30 anos de atividades da Itaipu. De acordo com a candidata, foi a melhor experiência profissional da sua vida. Como diretora executiva financeira, era responsável por um orçamento anual superior a US$ 3 bilhões, executado em três moedas diferentes: real, guarani e dólar. Em 2006, disputou as eleições ao Senado Federal pelo PT, conquistando 2,2 milhões de votos (cerca de 45% dos votos totais do estado), mas não conseguiu eleger-se.

Aos 42 anos, Gleisi --nome escolhido pela mãe, em homenagem à falecida atriz e princesa de Mônaco Grace Kelly, mas adaptado pelo pai na hora do registro, por duvidar da pronúncia "Greici"--, busca o voto de 1,2 milhão de eleitores da capital paranaense e concorre pela coligação "Curitiba Para Todos" (PT-PSC-PRB-PHS-PMN-PTC).

*Com Agência Brasil

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