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13/09/2008 - 12h24

Onze partidos apóiam candidatura à reeleição de Beto Richa à prefeitura de Curitiba

Da Redação*
Em Curitiba, cerca de 1,2 milhão de eleitores vão escolher o prefeito do município entre oito candidatos. O prefeito Beto Richa (PSDB) disputa a reeleição, concorrendo pela chapa "O Trabalho Continua". É a maior coligação, formada por onze partidos --PSDB, PP, PSL, PDT, DEM, PSB, PPS, PR, PSDC, PRP e PTN. Richa abre a série de entrevistas da Agência Brasil com os candidatos curitibanos. Neste domingo (14), será a vez de Gleisi Helena Hoffmann (PT); na segunda-feira (15), de Carlos Augusto Moreira Júnior (PMDB); e na terça-feira (16), encerrando a série, de Fábio Camargo (PTB).

Carlos Alberto Richa tem 45 anos, é engenheiro, natural de Londrina. Filho do deputado federal e senador já falecido José Richa, passou parte da infância em Brasília, onde residia com a família. Em 1982, quando seu pai foi eleito governador do Paraná, o candidato se mudou para Curitiba. Trocou a profissão de engenheiro pela política em 1994, ingressando na vida pública aos 29 anos, eleito deputado estadual com 22 mil votos. Quatro anos mais tarde, foi reeleito com o dobro dos votos.

Um dos seus projetos de maior repercussão como parlamentar foi a aprovação da Lei 11.255, de 1995, que ficou conhecida como a Lei Beto Richa. O texto determinou o pagamento de indenização, pelo governo do Paraná, a ex-presos políticos, que sofreram repressão durante a ditadura militar no Brasil, servindo de modelo para outros estados brasileiros. Beto Richa contou que conviveu com o regime militar muito de perto porque seu pai dava proteção a perseguidos pela ditadura.

Foi vice-prefeito na gestão de Cassio Taniguchi (2001-2004) e também secretário municipal de Obras Públicas. Pelo PSDB, disputou o governo do Paraná em 2002, na coligação com PFL, PSL e PAN, obtendo quase 900 mil votos, mas não passou para o segundo turno. Aos 39 anos, em 2004, Beto Richa foi eleito prefeito de Curitiba.

O candidato dá à sua campanha um tom de "continuidade" de sua atual administração. "Todo o plano de governo proposto em 2004 foi cumprido, indo até além, só que a cidade nunca estará acabada, sempre terá mais a fazer", destacou. Richa disse que hoje se sente mais preparado para o cargo, estudou muito Curitiba e sabe onde estão os problemas. O plano de governo de Beto Richa, para os próximos quatro anos, tem o título "Quatro Anos Cinco Metas: Gente em Primeiro Lugar". As cinco metas estratégicas são morar, aprender, trabalhar, cuidar e viver em Curitiba.

A educação é apontada pelo candidato como a prioridade número um de uma possível segunda gestão. "Em menos de quatro anos, houve um investimento de R$ 1,3 bilhão em educação, contemplando quase 150 mil crianças e adolescentes, que freqüentam a rede municipal de ensino. Buscamos a excelência e, para isso, a educação continuará sendo uma prioridade. Temos o compromisso de zerar as filas nas creches. Foram abertas 9,8 mil vagas nessa gestão e agora serão mais 9,2 mil para atender toda a demanda", afirmou. Segundo ele, ter dado prioridade à educação garantiu a Curitiba a condição de melhor ensino básico do país, conforme avaliação do governo federal. Se reeleito, a ampliação de uma hora na escola e o atendimento em tempo integral também fazem parte dos planos de Richa.

Na área da saúde, o candidato lembrou que o Banco Mundial apontou Curitiba como o melhor sistema público de saúde entre as capitais do país e o governo federal reconheceu o esforço por um modelo de qualidade, ao atribuir o prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio ao programa Mãe Curitibana. O programa foi adotado na cidade de São Paulo (Mãe Paulistana) e em Pernambuco (Mãe Coruja).

Segundo o candidato da ampla coligação "O Trabalho Continua", as mais importantes obras de saneamento estão associadas à moradia popular e à preservação ambiental. "Temos projetos de macrodrenagem das bacias dos Rios Iguaçu, Belém e Atuba. A recuperação do Rio Barigui já foi iniciada, juntamente com um projeto de realocação das famílias, que vivem às margens do Barigui em áreas de risco social e de proteção ambiental", explicou.

Com a redução do preço da tarifa --que custa R$ 1,90 há quase três anos--, a criação da domingueira (passagem a R$ 1,00 aos domingos) e a renovação da frota de veículos, o candidato Beto Richa disse acreditar ter trazido de volta ao sistema os usuários que não conseguiam mais pagar uma tarifa muito cara. "A conclusão da Linha Verde, a introdução do Ligeirão e a reforma e ampliação dos terminais de transporte vão agora atrair novos usuários", explicou ele, referindo-se ao tema transportes. Richa concluiu afirmando seu compromisso de realizar, ainda este ano, a licitação para escolha das empresas concessionárias, a primeira desde que o sistema foi criado, 53 anos atrás.

*Com Agência Brasil

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