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05/09/2008 - 19h15

A um mês da eleição, Gleisi precisa de 6,5 votos por minuto para chegar ao segundo turno

Marcus Vinicius Gomes
Especial para o UOL
Em Curitiba
Mantido o quadro eleitoral até 5 de outubro - data do primeiro turno da eleição - a candidata do PT à Prefeitura de Curitiba, Gleisi Hoffmann, precisará conquistar 281.074 votos para enfrentar o tucano Beto Richa em uma eventual segundo fase. No prazo de um mês são 9.368 votos por dia, 390 por hora, 6,5 por minuto.

O cálculo é baseado na pesquisa Ibope/RPC divulgada na última sexta-feira (29), que aponta a liderança de Richa com 70% das intenções de voto, seguido de Gleisi Hoffmann com 16%, Carlos Moreira (PMDB) e Fábio Camargo (PTB), ambos com 2%, e Bruno Meirinho (PSOL), 1%.

O quadro elaborado pelo

UOL

leva em conta apenas os eleitores a serem arregimentados pela petista para que avance à segunda fase da eleição retirando votos de seu adversário principal. As demais oscilações são desprezadas.



Nesse caso, Richa teria que perder 20 pontos percentuais e Gleisi conquistar 24, o que significaria saltar de 200.764 votos para 481.834. Para efeito de precisão na estimativa, considerou-se apenas os votos válidos, descartando-se os brancos e nulos (4% na pesquisa Ibope).

É assim que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) totaliza os números. De acordo com o Ibope, Beto Richa soma 878.343 votos contra 200.764 de Gleisi, em um universo de 1,25 milhão de eleitores curitibanos. Os demais candidatos com índices de mais de 1% totalizam, juntos, cerca de 70 mil votos.

"A polarização da campanha é evidente, mas com uma ampla vantagem do tucano Beto Richa", diz o especialista em marketing eleitoral, Murilo Hidalgo. Segundo ele, a missão da petista é difícil, mas não impossível. Ele só faz uma ressalva: "De nada adianta bancar a boazinha. É preciso incutir a dúvida na cabeça do eleitorado de Richa e reforçar os erros da administração", afirma.

Em 2006, o candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), conseguiu diminuir uma distância de 16 pontos para o franco favorito Lula em menos de 48 horas e levou a eleição para o segundo turno. No mesmo pleito, Gleisi operou "milagre" semelhante ao disputar pela primeira vez um mandato político (ao Senado) e quase conquistar a vitória sobre o veterano Álvaro Dias (PSDB) na reta final da campanha.

Pesquisa Ibope divulgada em 2 de agosto daquele ano mostrava o tucano com 54% ante 2% de Gleisi. A uma semana da eleição, a petista havia saltado para 28%, enquanto Álvaro permanecia estacionado nos 51%. O resultado da eleição apontou a vitória do tucano que disputava a reeleição com 50,5% votos contra 45,1% de Gleisi. Só em Curitiba, a petista obteve 420.627 votos dos 2,2 milhões conquistados.

Nos dois casos, no entanto, houve o "ponto de ruptura", conforme denominado por Murilo Hidalgo. Alckmin foi beneficiado pela divulgação da foto do dinheiro que teria comprado um "dossiê" contra os tucanos. Gleisi canalizou a rejeição de parte do eleitorado paranaense ao senador Álvaro Dias.

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