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20/08/2008 - 16h46
Fã de Collor, Fábio Camargo confia em segundo turno e quer ver Lula no palanque
Marcus Vinicius Gomes
Especial para o UOL
Em Curitiba
Especial para o UOL
Em Curitiba
Deputado estadual e candidato à Prefeitura de Curitiba, Fábio Camargo (PTB) tornou-se uma surpresa na campanha. Mesmo com as pesquisas indicando uma liderança folgada do prefeito e candidato à reeleição, Beto Richa (PSDB), Camargo fincou-se em um surpreendente terceiro lugar e se diz confiante para tirar da petista Gleisi Hoffmann a segunda colocação.
Pesquisa dos institutos Datafolha, Ibope e Vox Populi apontaram respectivamente índices de intenção de voto de 3%, 4% e 2% no petebista. Camargo diz que já mostrou que poderia ultrapassar o peemedebista Carlos Moreira, candidato do governador Requião, que vem obtendo 0% nas pesquisas. Ele quer alcançar agora a segunda colocada, Gleisi Hoffmann.
"Vou disputar o segundo turno com Beto Richa e provar que no debate sobre a cidade ninguém sabe mais do que eu", gaba-se ele.
Fã do ex-presidente Fernando Collor de Mello a ponto de apresentar projeto na Assembléia Legislativa que concede ao ex-presidente o título de Cidadão Honorário do Paraná, Camargo lembra que, caso venha a disputar o segundo turno, espera contar com a presença de Lula no palanque.
"Afinal, serei eu o candidato da oposição e o PTB faz parte da base aliada do governo federal", lembra.
No início do mês, o deputado cassado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, esteve em Curitiba para declarar apoio a Camargo e gravar participação no programa eleitoral do candidato.
Questionado sobre o fato de Jefferson ser chamado de "homem-bomba" do mensalão, Camargo rebate e diz que a imagem de Jefferson aos olhos da população é a do parlamentar que denunciou o esquema. "Ele não espanta o eleitorado, atrai", afirmou.
"E Collor também virá?", pergunta o repórter. Ele responde: "Por enquanto não".
"Ninguém entende mais da cidade do que eu. Serei o prefeito dos bairros", afirma o advogado, 34 anos, filho do desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, Clayton Camargo, e genro de Rafael Iatauro, ex-presidente do Tribunal de Contas do Paraná e atual chefe da Casa Civil no governo Roberto Requião (PMDB).
A oficialização da campanha de Camargo foi precedida de uma rebelião no PRTB municipal - partido que indicou a vice em sua chapa, a arquiteta Vera Helena Teixeira. Liderados pelos vereadores Manassés de Oliveira e Mestre Déa, o diretório tentou cancelar a coligação com o PTB e lançar a candidatura à prefeitura da professora Marinete Silva.
A anulação da convenção do partido por decisão da Justiça Eleitoral, no entanto, fez com que ao menos 30 candidatos a vereador do PRTB, entre eles Manassés e Déa, desistissem da disputa eleitoral.
"Eles queriam o partido a serviço da candidatura de Beto Richa, mas eu tinha a garantia do presidente nacional do PRTB, Levy Fidélix, e do presidente regional, Marino Teixeira, de que a aliança seria homologada", afirmou Camargo.
A conselho de um marqueteiro, o petebista usa sempre a mesma combinação de roupa - camisa xadrez com a cores do partido (o preto e o vermelho) e calça preta. É a forma, diz ele, de fixar sua imagem. Só abre mão do vestuário, substituído pelo terno e gravata, na participação em debates e nas entrevistas para a TV.
Os projetos de Camargo são considerados mirabolantes pelos adversários. Ele quer implantar linhas de monotrem na cidade - "com financiamento garantido por Fidélix que viria da Alemanha" - e promete que os atendimentos nos postos de saúde não passarão de 50 minutos.
"Se demorar mais do que isso, os pacientes serão encaminhados para clínicas particulares e a consulta será paga pelo município", garante.
Camargo promete extingüir 80% dos cargos comissionados e preenchê-los através de concurso público. Diz que os administradores regionais serão escolhidos através do voto direto da população do bairro e pretende promover uma revolução no ensino trocando os livros nas escolas municipais por "laptops populares".
Questionado sobre a segurança pública, uma das principais preocupações dos curitibanos apontada em pesquisa do Datafolha no ano passado, Camargo anuncia que pretende construir módulos municipais em parceria com a iniciativa privada e chamar a Polícia Militar a participar. "Caso a PM não demonstre interesse vamos equipar a Guarda Municipal e municipalizar a segurança".
Pesquisa dos institutos Datafolha, Ibope e Vox Populi apontaram respectivamente índices de intenção de voto de 3%, 4% e 2% no petebista. Camargo diz que já mostrou que poderia ultrapassar o peemedebista Carlos Moreira, candidato do governador Requião, que vem obtendo 0% nas pesquisas. Ele quer alcançar agora a segunda colocada, Gleisi Hoffmann.
"Vou disputar o segundo turno com Beto Richa e provar que no debate sobre a cidade ninguém sabe mais do que eu", gaba-se ele.
Fã do ex-presidente Fernando Collor de Mello a ponto de apresentar projeto na Assembléia Legislativa que concede ao ex-presidente o título de Cidadão Honorário do Paraná, Camargo lembra que, caso venha a disputar o segundo turno, espera contar com a presença de Lula no palanque.
"Afinal, serei eu o candidato da oposição e o PTB faz parte da base aliada do governo federal", lembra.
Fábio Camargo (ao fundo) em campanha com o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB)
No início do mês, o deputado cassado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, esteve em Curitiba para declarar apoio a Camargo e gravar participação no programa eleitoral do candidato.
Questionado sobre o fato de Jefferson ser chamado de "homem-bomba" do mensalão, Camargo rebate e diz que a imagem de Jefferson aos olhos da população é a do parlamentar que denunciou o esquema. "Ele não espanta o eleitorado, atrai", afirmou.
"E Collor também virá?", pergunta o repórter. Ele responde: "Por enquanto não".
Candidatura
"Ninguém entende mais da cidade do que eu. Serei o prefeito dos bairros", afirma o advogado, 34 anos, filho do desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, Clayton Camargo, e genro de Rafael Iatauro, ex-presidente do Tribunal de Contas do Paraná e atual chefe da Casa Civil no governo Roberto Requião (PMDB).
O CANDIDATO
- NOME: Fábio de Souza Camargo
- IDADE: 34
- PARTIDO: PTB
- CARGOS: Deputado estadual (PTB, desde 2006) e vereador (PFL - 2004/2006, PSC - 2001/2004)
A oficialização da campanha de Camargo foi precedida de uma rebelião no PRTB municipal - partido que indicou a vice em sua chapa, a arquiteta Vera Helena Teixeira. Liderados pelos vereadores Manassés de Oliveira e Mestre Déa, o diretório tentou cancelar a coligação com o PTB e lançar a candidatura à prefeitura da professora Marinete Silva.
A anulação da convenção do partido por decisão da Justiça Eleitoral, no entanto, fez com que ao menos 30 candidatos a vereador do PRTB, entre eles Manassés e Déa, desistissem da disputa eleitoral.
"Eles queriam o partido a serviço da candidatura de Beto Richa, mas eu tinha a garantia do presidente nacional do PRTB, Levy Fidélix, e do presidente regional, Marino Teixeira, de que a aliança seria homologada", afirmou Camargo.
A conselho de um marqueteiro, o petebista usa sempre a mesma combinação de roupa - camisa xadrez com a cores do partido (o preto e o vermelho) e calça preta. É a forma, diz ele, de fixar sua imagem. Só abre mão do vestuário, substituído pelo terno e gravata, na participação em debates e nas entrevistas para a TV.
Os projetos de Camargo são considerados mirabolantes pelos adversários. Ele quer implantar linhas de monotrem na cidade - "com financiamento garantido por Fidélix que viria da Alemanha" - e promete que os atendimentos nos postos de saúde não passarão de 50 minutos.
"Se demorar mais do que isso, os pacientes serão encaminhados para clínicas particulares e a consulta será paga pelo município", garante.
Camargo promete extingüir 80% dos cargos comissionados e preenchê-los através de concurso público. Diz que os administradores regionais serão escolhidos através do voto direto da população do bairro e pretende promover uma revolução no ensino trocando os livros nas escolas municipais por "laptops populares".
Questionado sobre a segurança pública, uma das principais preocupações dos curitibanos apontada em pesquisa do Datafolha no ano passado, Camargo anuncia que pretende construir módulos municipais em parceria com a iniciativa privada e chamar a Polícia Militar a participar. "Caso a PM não demonstre interesse vamos equipar a Guarda Municipal e municipalizar a segurança".
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