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06/08/2008 - 20h35
Preso vira morador de rua em TV do PT na Internet
Marcus Vinicius Gomes
Especial para o UOL
Em Curitiba
Especial para o UOL
Em Curitiba
O preso da Colônia Penal Agrícola, no Paraná, Airton José de Andrade, 39 anos, que estava foragido, foi confundido com um morador de rua em vídeo exibido pelo site do PT de Curitiba.
O propósito do documentário de sete minutos era denunciar o descaso da prefeitura com os cerca de 2,7 mil sem-teto que vivem nas ruas da capital paranaense e, assim, atingir o candidato à reeleição Beto Richa (PSDB).
No vídeo produzido pela ONG "Soy Loco Por Ti América", ligada ao partido, Airton Andrade se apresenta como Antony Andrade e afirma que só lhe interessa dizer "simplesmente a verdade". "Já vi vários tipos de violência, sempre acontece. Por causa do quê? Por causa das necessidades fisiológicas".
Andrade responde a seis processos criminais em Londrina e Curitiba, por tráfico de drogas, furto, roubo e lesões corporais. Ele foi condenado a 5 anos e quatro meses de prisão em regime semi-aberto. Cumpriu 1 ano e 11 meses. Em fevereiro deste ano fugiu.
De acordo com informações da polícia, ele foi recapturado através de denúncia de agentes da FAS (Fundação de Assistência Social), em 9 de junho, depois de ser recolhido e levado para um abrigo público. Os agentes teriam estranhado os modos agressivos de Andrade e decidiram levantar a sua ficha.
Em nota distribuída nesta quarta-feira (6), o vereador e presidente municipal do PT, André Passos, que também coordena a campanha de Gleisi Hoffmann à Prefeitura de Curitiba, afirmou desconhecer que o morador de rua entrevistado no vídeo produzido para a TV PT seria um foragido da Justiça.
"Causou-nos surpresa a notícia que (Airton) era um preso procurado pela polícia. Porém, essa descoberta nos atenta para outro fato bastante importante: o não cadastramento e identificação dos moradores de rua por parte da Prefeitura Municipal de Curitiba".
A prefeitura rebate e diz que foi justamente o cadastramento do suposto "morador de rua", no dia 9 de junho, que possibilitou que Airton fosse recapturado.
Por meio de sua assessoria, Passos contra-argumenta. "Se a prefeitura só teve conhecimento agora de que Airton era um detento foragido, da mesma forma o PT não poderia saber que ele não era um morador de rua quando o documentário foi produzido", afirma.
O PT informa que o vídeo continua no ar, mas apenas o trecho em que o Airton Andrade aparece foi suprimido.
O propósito do documentário de sete minutos era denunciar o descaso da prefeitura com os cerca de 2,7 mil sem-teto que vivem nas ruas da capital paranaense e, assim, atingir o candidato à reeleição Beto Richa (PSDB).
No vídeo produzido pela ONG "Soy Loco Por Ti América", ligada ao partido, Airton Andrade se apresenta como Antony Andrade e afirma que só lhe interessa dizer "simplesmente a verdade". "Já vi vários tipos de violência, sempre acontece. Por causa do quê? Por causa das necessidades fisiológicas".
Andrade responde a seis processos criminais em Londrina e Curitiba, por tráfico de drogas, furto, roubo e lesões corporais. Ele foi condenado a 5 anos e quatro meses de prisão em regime semi-aberto. Cumpriu 1 ano e 11 meses. Em fevereiro deste ano fugiu.
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PT cortou trecho do vídeo
em que Andrade aparecia
De acordo com informações da polícia, ele foi recapturado através de denúncia de agentes da FAS (Fundação de Assistência Social), em 9 de junho, depois de ser recolhido e levado para um abrigo público. Os agentes teriam estranhado os modos agressivos de Andrade e decidiram levantar a sua ficha.
Em nota distribuída nesta quarta-feira (6), o vereador e presidente municipal do PT, André Passos, que também coordena a campanha de Gleisi Hoffmann à Prefeitura de Curitiba, afirmou desconhecer que o morador de rua entrevistado no vídeo produzido para a TV PT seria um foragido da Justiça.
"Causou-nos surpresa a notícia que (Airton) era um preso procurado pela polícia. Porém, essa descoberta nos atenta para outro fato bastante importante: o não cadastramento e identificação dos moradores de rua por parte da Prefeitura Municipal de Curitiba".
A prefeitura rebate e diz que foi justamente o cadastramento do suposto "morador de rua", no dia 9 de junho, que possibilitou que Airton fosse recapturado.
Por meio de sua assessoria, Passos contra-argumenta. "Se a prefeitura só teve conhecimento agora de que Airton era um detento foragido, da mesma forma o PT não poderia saber que ele não era um morador de rua quando o documentário foi produzido", afirma.
O PT informa que o vídeo continua no ar, mas apenas o trecho em que o Airton Andrade aparece foi suprimido.
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