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21/07/2008 - 20h21

Cinco vereadores em Curitiba desistem de disputar a reeleição

Marcus Vinicius Gomes
Especial para o UOL
Em Curitiba
Cinco dos 38 vereadores da Câmara Municipal de Curitiba não irão concorrer à reeleição em outubro deste ano. O número é expressivo. Há pelo menos 40 anos não havia uma desistência tão grande na disputa por um novo mandato, segundo o presidente da Casa, João Cláudio Derosso (PSDB).

De 1963 para cá, e mesmo durante o regime militar, em que as eleições nas capitais ficaram restritas ao legislativo municipal (o prefeito era indicado), não se viu caso igual.

Nas últimas três legislaturas, apenas o ex-vereador e ex-presidente da Câmara, Horácio Rodrigues, desistiu da disputa. Em 1996, ele assumiu cadeira na Assembléia Legislativa abrindo a vaga para o suplente.

Dos cinco vereadores que não irão disputar a reeleição no pleito municipal deste ano, o primeiro a anunciar a desistência foi o petista André Passos, que assumiu a coordenação de campanha da candidata do PT à prefeitura de Curitiba, Gleisi Hoffmann, e deve se preparar durante os próximos dois anos para disputar uma cadeira na Assembléia Legislativa.

Há especulações, no entanto, de que o parlamentar pode assumir a vaga do pai, o ex-deputado Edésio Passos, na diretoria da Itaipu Binacional. Ele nega.

Outras duas desistências ocorreram na semana passada, quando trinta candidatos a vereador do PRTB, em Curitiba, anunciaram a desfiliação coletiva por não concordarem com a decisão das executivas nacional e estadual do partido de homologar a coligação com o PTB do deputado estadual e candidato a prefeito, Fábio Camargo.

Entre eles, estavam os dois representantes do partido na Câmara, vereadores Manassés de Oliveira e Mestre Déa.

No sábado (19) o grupo de desfiliados se reuniu na Boca Maldita, no centro de Curitiba, para promover o enterro simbólico do dirigente estadual do PRTB, Marino Teixeira, a quem acusam de vender o partido e fraudar a ata da convenção.

O quarto nome a ficar de fora da disputa à reeleição foi o vereador tucano Gilso de Freitas. Pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular, Freitas foi preterido pelo também pastor Fernando Guimarães (PMDB) durante reunião da cúpula evangélica que referendou os representantes da igreja na disputa eleitoral em Curitiba.

Freitas poderia insistir na disputa à reeleição, mas preferiu não contrariar o alto clero da Quadrangular, temendo perder o controle da igreja que fundou e dirige há 13 anos no Bairro do Bacacheri, na capital paranaense.

Nesta segunda-feira (21), o vereador tucano Luís Ernesto também comunicou à Justiça Eleitoral sua desistência por motivos pessoais. A esposa do parlamentar, Yeda, sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e se encontra hospitalizada. Ernesto se reuniu no início da tarde com o prefeito Beto Richa, a quem comunicou a saída da disputa. Segundo afirmou, a decisão é irreversível.

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