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20/07/2008 - 15h48

PT tenta impugnar candidatura do tucano Beto Richa em Curitiba

Marcus Vinicius Gomes
Especial para o UOL
Em Curitiba
O advogado da campanha de Beto Richa (PSDB) à reeleição, Ivan Bonilha, deve encaminhar nesta segunda-feira (21) ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná a defesa contra o pedido de impugnação da candidatura do tucano.

O pedido foi formulado pela coligação "Curitiba Para Todos", encabeçado pela petista Gleisi Hoffmann, na quarta-feira (16), data em que se encerrou o prazo para a entrega de contestações de registro de candidaturas na Justiça Eleitoral.

A defesa petista sustenta que Richa teria exercido a função de prefeito em 2004, quando então ocupava o cargo de vice de Cassio Taniguchi. Pela tese, Richa estaria pleiteando um terceiro mandato.

Bonilha garante que a contestação é uma "questão menor" e será tratada com a devida segurança e tranqüilidade. "Estranha que o autor intelectual do pedido (o advogado Guilherme Gonçalves) seja o mesmo que, no início deste ano, se manifestou totalmente contrário ao que afirma agora".

Bonilha refere-se a uma consulta feita ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo deputado federal Ratinho Jr. (PSC), em setembro de 2007, cujo advogado também era Gonçalves, sobre o mesmo assunto: a questão do vice-prefeito que tenha substituído o titular no curso do mandato e, eleito no mandato subseqüente para o cargo de prefeito, poder ou não se candidatar à reeleição.

Em fevereiro deste ano, o TSE decidiu, por unanimidade, arquivar a consulta por considerá-la genérica e sem um caso concreto.

Em entrevista a emissoras de rádio, Guilherme Gonçalves disse que retomou a questão por considerar o caso de Richa diferente. "Ele assumiu o cargo de prefeito (em 2004) e tomou algumas medidas próprias de prefeito, assinou decretos e baixou a tarifa de ônibus. Enfim, ele exerceu a prefeitura".

De acordo com Gonçalves, a decisão de Richa fez com que ele ganhasse notoriedade e depois usasse a redução da tarifa como bandeira durante a campanha. "Discutimos se ele está disputando um segundo mandato ou um terceiro, o que é proibido por lei", argumentou o advogado.

Além de Richa, também tiveram o pedido de impugnação formulado os vereadores da capital Elias Vidal (PDT), Aparecido Custódio da Silva (PR) e Paulo Frote (PSDB), sob o argumento de que respondem a processo na Justiça comum, e o candidato à Câmara Municipal, Délcio Rasera (PRTB), preso em 2006 sob a acusação de escuta telefônica. Rasera passou quase um ano na cadeia.

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