Os vereadores do PRTB de Curitiba, Manassés de Oliveira e Mestre Déa, entregaram no início da tarde desta sexta-feira (18), juntamente com outros 28 candidatos à Câmara Municipal, o pedido de desfiliação coletiva do partido na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR).
O ato encerra a batalha judicial com as executivas nacional e estadual da sigla que impuseram a coligação com a chapa do PTB, encabeçada pelo deputado estadual e candidato à prefeitura, Fábio Camargo.
Durante as convenções eleitorais, no mês passado, o diretório municipal do PRTB, presidido por Manassés de Oliveira, contrariou orientação do dirigente nacional do partido, Levy Fidelix, que é candidato à prefeitura de São Paulo, e lançou a candidatura a prefeito da professora Marinete Silva.
A decisão provocou a dissolução da comissão provisória municipal e a substituição de Oliveira por Vera Helena Teixeira, vice de Fábio Camargo na coligação.
Há duas semanas, o juiz da 1ª Zona Eleitoral, Renato Massaro, impugnou a candidatura de Marinete e homologou a aliança.
Nesta sexta (18), depois de protocolar o pedido de desfiliação do partido, o líder do PRTB na Câmara, Mestre Déa, disse que a decisão é irreversível.
"Alguns julgaram que seria um blefe, que eu e o Manassés (Oliveira) não desistiríamos da reeleição. Está aí. Demos o primeiro passo para moralizar a política. O PRTB pode ser nanico, mas não seria um laranja em nossas mãos", afirmou.
E lançou um desafio ao candidato à prefeitura Fábio Camargo. "Ele disse que rasgaria o diploma de deputado se eu não concorresse a um novo mandato. Que cumpra a palavra".
Camargo respondeu, por meio de sua assessoria, que a desistência dos dois vereadores é a chance de dar "cara nova" à Câmara Municipal. "Antes avaliávamos que a aliança faria três cadeiras, agora podemos chegar a cinco".
Neste sábado (19), às 11 horas, o grupo liderado por Oliveira e Déa faz um enterro simbólico do presidente do diretório regional do partido, Marino Teixeira, na Boca Maldita, no centro de Curitiba.
Teixeira é acusado por suposta fraude de documentos para legitimar a coligação. Uma denúncia foi encaminhada ao Ministério Público Eleitoral e à Polícia Federal.
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