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15/07/2008 - 20h18
Candidato à reeleição em Curitiba, Richa tem o maior salário entre prefeitos das capitais
Marcus Vinicius Gomes
Especial para o UOL
Em Curitiba
Especial para o UOL
Em Curitiba
Nem o veto anunciado nesta terça-feira (15) por Beto Richa (PSDB) ao projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal, que reajustava os ganhos do seu sucessor de R$ 23,9 mil para R$ 24,5 mil - o equivalente ao de ministro do STF -, fez Curitiba perder o posto de capital que paga o maior salário no país ao seu prefeito.
O vencedor das eleições de outubro, que pode ser o próprio Richa, uma vez que ele é candidato à reeleição, assume em janeiro de 2009 com vencimentos que representam o dobro do que é pago hoje ao presidente Lula (R$ 11,4 mil).
Até o ano passado, 24 prefeitos de capitais recebiam salários superiores ao do presidente. Entre os seis primeiros, além do tucano Beto Richa, estavam o prefeito de São Luís, Tadeu Palácio (PDT), que recebe R$ 19,1 mil, Serafim Corrêa (PSB), de Manaus, com R$ 18 mil, Fernando Pimentel (PT) de Belo Horizonte, que ganha R$ 15,9 mil, e Nelson Trad Filho (PMDB), prefeito de Campo Grande, com R$ 15,5 mil.
A repercussão negativa da divulgação do salário de Richa na mídia nacional fez com que ele anunciasse, em março de 2007, a doação de R$ 5,2 mil mensais para o fundo de assistência social da prefeitura. Segundo a assessoria de imprensa do tucano, no prazo de 15 meses, um total de R$ 78,9 mil teriam sido destinados pelo prefeito aos cofres municipais.
Em junho deste ano, o salário dos vereadores e do prefeito voltou a provocar polêmica depois que a Câmara Municipal aprovou projeto de lei reajustando os salários dos parlamentares em 29% e estabelecendo percentuais diferentes para os principais cargos do Executivo.
A reação da opinião pública fez com que Richa comunicasse à Câmara o veto parcial ao reajuste do prefeito, do vice, do procurador-geral do município e dos secretários.
"Desde 2005, o funcionalismo municipal tem recebido aumentos anuais a título de reposição salarial e de aumento real. Os salários de prefeito, vice, procurador e secretários são contemplados por estes aumentos, não havendo, portanto, necessidade do reajuste proposto pela Câmara", afirmou Richa.
De acordo com o prefeito, o veto ao reajuste dos vereadores não foi considerado por se tratar de uma interferência em decisão de outro poder. O projeto aprovado pela Câmara prevê, a partir da próxima legislatura, salários de R$ 9,2 mil ante os R$ 7,1 mil atuais.
Salários
Não é só Curitiba, no entanto, que é alvo de polêmica. O Estado do Paraná também paga o melhor salário de governador entre as 27 unidades da federação.
Desde o ano passado, quando assumiu seu terceiro mandato, o governador Roberto Requião recebe R$ 24,5 mil mensais - teto do funcionalismo público no país - e o vice Orlando Pessuti ganha o equivalente a 95% desse total. Questionado sobre o alto salário, Requião afirmou recentemente que seus vencimentos são a "tradução" do que significa comandar um Estado como o do Paraná.
O vencedor das eleições de outubro, que pode ser o próprio Richa, uma vez que ele é candidato à reeleição, assume em janeiro de 2009 com vencimentos que representam o dobro do que é pago hoje ao presidente Lula (R$ 11,4 mil).
Até o ano passado, 24 prefeitos de capitais recebiam salários superiores ao do presidente. Entre os seis primeiros, além do tucano Beto Richa, estavam o prefeito de São Luís, Tadeu Palácio (PDT), que recebe R$ 19,1 mil, Serafim Corrêa (PSB), de Manaus, com R$ 18 mil, Fernando Pimentel (PT) de Belo Horizonte, que ganha R$ 15,9 mil, e Nelson Trad Filho (PMDB), prefeito de Campo Grande, com R$ 15,5 mil.
A repercussão negativa da divulgação do salário de Richa na mídia nacional fez com que ele anunciasse, em março de 2007, a doação de R$ 5,2 mil mensais para o fundo de assistência social da prefeitura. Segundo a assessoria de imprensa do tucano, no prazo de 15 meses, um total de R$ 78,9 mil teriam sido destinados pelo prefeito aos cofres municipais.
Em junho deste ano, o salário dos vereadores e do prefeito voltou a provocar polêmica depois que a Câmara Municipal aprovou projeto de lei reajustando os salários dos parlamentares em 29% e estabelecendo percentuais diferentes para os principais cargos do Executivo.
A reação da opinião pública fez com que Richa comunicasse à Câmara o veto parcial ao reajuste do prefeito, do vice, do procurador-geral do município e dos secretários.
"Desde 2005, o funcionalismo municipal tem recebido aumentos anuais a título de reposição salarial e de aumento real. Os salários de prefeito, vice, procurador e secretários são contemplados por estes aumentos, não havendo, portanto, necessidade do reajuste proposto pela Câmara", afirmou Richa.
De acordo com o prefeito, o veto ao reajuste dos vereadores não foi considerado por se tratar de uma interferência em decisão de outro poder. O projeto aprovado pela Câmara prevê, a partir da próxima legislatura, salários de R$ 9,2 mil ante os R$ 7,1 mil atuais.
Salários
Não é só Curitiba, no entanto, que é alvo de polêmica. O Estado do Paraná também paga o melhor salário de governador entre as 27 unidades da federação.
Desde o ano passado, quando assumiu seu terceiro mandato, o governador Roberto Requião recebe R$ 24,5 mil mensais - teto do funcionalismo público no país - e o vice Orlando Pessuti ganha o equivalente a 95% desse total. Questionado sobre o alto salário, Requião afirmou recentemente que seus vencimentos são a "tradução" do que significa comandar um Estado como o do Paraná.
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