Há seis anos e meio à frente da Paróquia de Nossa Senhora das Graças e Santa Gema Galgani, no bairro Barreirinha, em Curitiba, o padre Leocádio Zykowski afirma que o local, ainda que religioso, não deve servir de "confessionário" para os candidatos à prefeitura de Curitiba. "Não se trata de uma discussão comportamental mas de um debate de idéias e propostas para a cidade", diz.

Indagado sobre a ordem do Vaticano para que os padres da igreja católica não se envolvam em política, Zykowski assinala que encara o debate como uma prestação de serviço à comunidade. "Todo mundo precisa saber em quem votar e o debate não pretende induzir ninguém".

"E o senhor tem candidato?", pergunta o repórter. Zykowski responde, em tom de brincadeira: "O voto é secreto. Que cada um pague o seu pecado".



UOL - O senhor espera atrair a atenção dos moradores da Barreirinha para o debate?
Leocádio Zykowski - O Salão Paroquial da igreja comporta duas mil pessoas, mas a comunidade deve alugar também um telão no caso do espaço ser pequeno.

UOL - É verdade que a igreja vai promover um bingo antes do debate?
Zykowski - Não, o bingo vai acontecer na Associação de Moradores que fica ao lado. É claro que isso também pode atrair mais gente para ver os candidatos.

UOL - Então o dia é perfeito?
Zykowski - Nós escolhemos essa data e comunicamos os candidatos há mais de 40 dias. Mas foi uma feliz coincidência. O Atlético jogou no sábado, o Coritiba vai jogar fora neste domingo e a corrida de Fórmula 1 será pela manhã.

UOL - Há quanto tempo o senhor é padre?
Zykowski - Estou aqui (na Paróquia do Barreirinha) há seis anos e meio, antes fiquei um ano em Araucária e passei 15 anos no Seminário. Tenho 40 anos. Acho que sou padre desde que nasci.

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