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02/07/2008 - 20h40

Tucano, prefeito de Curitiba é "cortado" em cerimônia de Lula

Marcus Vinicius Gomes
Especial para o UOL
Em Curitiba
O prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) foi esquecido pelo cerimonial da presidência da República durante o lançamento, nesta quarta-feira (2), do Plano Agrícola e Pecuário 2008/09 (Safra), feito pelo presidente Luiz Inácio da Lula da Silva, em Curitiba.

Informações divulgadas pelo cerimonial, um dia antes do evento, indicavam que Richa, que é candidato à reeleição, seria uma das autoridades escaladas para discursar. O roteiro foi mudado, no entanto, sem aviso prévio.

O lançamento do Plano Safra ocorreu no Centro de Eventos da Universidade Positivo, onde foi erguido um grande palanque para abrigar as autoridades. O ministro paranaense Reinhold Stephanes (Agricultura) abriu os discursos, seguido pelo presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. Falaram, logo após, o governador do Paraná Roberto Requião (PMDB) e o presidente Lula.

De acordo com o cerimonial, o prefeito Beto Richa deveria discursar antes de Requião, mas não foi anunciado. "Alguém me cortou", disse Richa após a cerimônia, sem querer enxergar motivação eleitoreira no cancelamento.

Lula desembarcou no Aeroporto Afonso Pena, na noite de terça-feira (1), para cumprir uma agenda que foi precedida de eventos políticos. Foi recepcionado pela candidata do PT à prefeitura, Gleisi Hoffmann, e de lá seguiu para a casa do apresentador Carlos Massa, o Ratinho, pai do deputado federal Ratinho Jr. (PSC), cujo partido indicou o vice na chapa de Gleisi.

Na manhã desta quarta-feira (2), o presidente recebeu o governador Requião e o candidato do PMDB à prefeitura, Carlos Moreira Jr., para um café da manhã. A petista Gleisi Hoffmann também se fez presente, acompanhada do marido, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento).

Durante seu discurso no lançamento do plano agrícola, Lula evitou falar de política, mas acabou por alfinetar opositores ao tratar de questões econômicas. "Tem gente que torce para a inflação voltar. Quem torce para esse país não dar certo vai simplesmente quebrar a cara. Se eu não fosse presidente diria que vai quebrar outra coisa. É gente do PSDB, do PFL (atual DEM)".

Indagado sobre a provocação, Richa disse que, apesar de pertencer ao PSDB, não torce contra o país e não crê que o partido faça o mesmo. "O PSDB não vestiu a carapuça", afirmou.

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