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25/10/2008 - 13h30

Candidatos trocam farpas na véspera do segundo turno em Belo Horizonte

Rayder Bragon
Especial para o UOL
Em Belo Horizonte
  • Leo Drummond/Divulgação

    Lacerda em visita à Igrejinha de São Francisco de Assis, na Pampulha, com a companhia do governador Aécio Neves e do prefeito Fernando Pimentel

  • Leo Drummond/Divulgação

    E na Pampulha distribuiu adesivos com os dizeres: "A minha bunda ninguém chuta", em alusão à cena em que Quintão fala em "chutar a bunda" de petistas em Ipatinga (MG)

Apesar da trégua entre os candidatos Marcio Lacerda (PSB) e Leonardo Quintão (PMDB) verificada durante o debate da TV Globo, realizado na noite desta sexta-feira (24), os adversários deste segundo turno em Belo Horizonte voltaram a trocar farpas, neste sábado (25).

Durante corpo-a-corpo pela manhã, Quintão disse ter sido a aliança em torno do oponente feita sob medida para alavancar para 2010 o nome do prefeito Fernando Pimentel (PT), um dos idealizadores, ao lado do governador Aécio Neves (PSDB), da indicação de Lacerda à disputa da prefeitura da capital mineira.

Com pretensão de disputar o cargo de governador do Estado, em 2010, o prefeito é acusado por Quintão de tentar pavimentar sua indicação ao cargo com a costura do nome do socialista.

Para se defender, Pimentel depreciou a acusação do peemedebista e afirmou ser Quintão quem deve explicações à população por causa de matéria publicada no jornal "Estado de Minas" que traz denúncia contra o peemedebista sobre envio irregular de dinheiro ao exterior e enriquecimento ilícito.

"Até ele [Quintão] explicar a origem dos seus recursos no exterior, o deputado está em suspeição com os cidadãos de Belo Horizonte", disse Pimentel ao acompanhar, neste sábado, Lacerda em visita à Igrejinha de São Francisco de Assis, na Pampulha, com a companhia do governador Aécio Neves.

  • Júnia Garrido/Divulgação

    Leonardo Quintão faz carreata ao lado de Jô Moraes neste sábado (25), véspera do segundo turno

  • Júnia Garrido/Divulgação

    Quintão disse ter sido a aliança em torno de Lacerda feita sob medida para alavancar Pimentel para 2010

Por seu turno, Lacerda conclamou o adversário a dar explicações à população. "Ele está devendo uma explicação. Eu queria que ele fosse ao jornal hoje e desse a sua entrevista para a população avaliar. Não faço nenhum julgamento, estou dando a ele o benefício da dúvida", disse.

O governador Aécio Neves evidenciou a importância que foi dado ao processo eleitoral deste ano na cidade e a curiosidade despertada pela aliança feita entre tucanos e petistas na capital mineira. "Essa eleição é a mais comentada do Brasil, mais até que a de São Paulo", disse.

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O candidato Marcio Lacerda (PSB) garantiu não ter acenado com promessa de cargos na administração, caso seja eleito, em troca de apoio à sua campanha. "Em nenhum momento de toda essa campanha, eu assumi compromisso com nenhuma autoridade, com nenhum partido, com nenhum apoiador em relação a cargos na prefeitura", afiançou.

O socialista ainda disse ter aprendido, de forma didática, lições com o embate e o acirramento do segundo turno. "Esse segundo turno foi muito didático para todos nós. A população se envolveu mais e, nesse processo de fortalecimento da democracia brasileira, a participação completa da população é muito educativa e vai nos permitir olhar para o futuro. O fato de ter tido o segundo turno foi muito educativo para todos nós", disse.

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