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06/10/2008 - 15h14

Jô Moraes diz que é cedo para falar em acordo com Quintão ou Lacerda

Rayder Bragon
Especial para o UOL
Em Belo Horizonte

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A candidata do PC do B à Prefeitura de Belo Horizonte, Jô Moraes, foi citada após o término da apuração dos votos neste domingo (5) tanto nas entrevistas dadas por Marcio Lacerda (PSB) quanto por Leonardo Quintão (PMDB), que se enfrentarão no segundo turno, numa mostra clara de que a comunista será alvo das principais investidas do peemedebista e do socialista para a formação de alianças com vistas ao embate que se avizinha.


"Tudo pode acontecer, inclusive, nada", revelou a deputada federal Jô Moraes ao deixar em aberto as possíveis alianças para o segundo turno.


Jô Moraes, que ficou em terceiro lugar na preferência do eleitor belo-horizontino, com 111.060 votos, em entrevista exclusiva ao UOL, dá algumas dicas sobre o alinhamento do partido em Belo Horizonte.


"Estou arrumando as minhas roupas no guarda-roupas, pois não tive tempo para nada durante a campanha", disse, inicialmente, Jô Moraes, para quem ainda é muito cedo para falar em acordos com algum dos dois concorrentes ao cargo de prefeito.


"Neste exato momento não vou antecipar nenhuma discussão. Fui tachada de não ser impulsiva, então vou exercer esse direito agora", disse entre risos. A posição do partido e da candidata deverá ser conhecida ainda nesta semana.


"A gente vai ter na quinta-feira uma reunião em São Paulo com a direção nacional do partido para fazermos uma avaliação da participação do PC do B nas eleições como uma experiência nacional. Nós temos que fazer esse balanço e definir uma lógica que oriente o posicionamento do segundo turno. No final desta semana a gente já vai ter um indicativo", disse.


Jô Moraes adiantou também ter tido conversa preliminar com os dissidentes petistas, grupo que a apoiou, em detrimento da campanha de Marcio Lacerda, para definirem os rumos dos eventuais apoios. "Nós agendamos uma conversa para tentarmos construir uma atitude comum, conversamos sobre segundo turno para demarcamos um certo posicionamento, para ver se a gente constrói um posicionamento em comum", contou.


Sem adiantar a decisão, Jô Moraes, no entanto, adiantou que tópicos do seu programa de governo deverão ser levados em conta na hora de decidir quem apoiar.


"Tem também que discutir as questões de certos compromissos programáticos que eu assumi com o eleitor durante a minha campanha. Algumas coisas da minha campanha que tiveram uma importância maior, a gente vai ter de discutir", antecipou.


Acordo com Quintão


Leonardo Quintão (PMDB), reiterada vezes, havia afiançado ter o aval de Jô Moraes caso avançasse ao segundo turno, porém, a comunista não corrobora a confiança do peemedebista.


"A gente que participava dos debates tinha sempre essa visão de uma parceria em relação a enfrentar o cerco [acusação feita por ela à interferência indevida do governador no pleito], agora não se formalizou, não houve instância formal para essa questão, até mesmo porque segundo turno é uma nova eleição", contou.


Jô revelou ter mantido contato com Quintão por telefone para cumprimentá-lo, mas garantiu ter expressado ao candidato que seguirá os ritos partidários.


Embate com Lacerda


Apesar de ter sido a mais combativa à aliança feita pelas mãos do governador Aécio Neves (PSDB) e pelo prefeito Fernando Pimentel (PT) em favor de Marcio Lacerda (PSB), a deputada disse não ter desavença pessoal com o socialista, apesar das acusações feitas por ela contra o socialista.


"Não impetrei 36 ações contra o candidato [Lacerda], impetrei 36 ações contra a campanha, que continha uma ilegalidade, que era a presença do governador", relembrou. A deputada acusou o candidato do PSB de possuir dívida de R$ 1,5 milhão com a Prefeitura de Belo Horizonte e ser dono de passivo trabalhista da empresa da qual foi proprietário.


"Fui questionada inúmeras vezes e não me furtei ao debate. Questionar as atitudes das pessoas faz parte da política, lamentavelmente isso foi caracterizado como ataque e, na política, não se faz ataque", revelou a deputada.


Fidelidade partidária


Apesar das incertezas que cercam o alinhamento político de Jô Moraes em relação a algum dos candidatos que disputam o segundo turno, a deputada revelou que deverá seguir a orientação que advir da direção nacional do PC do B.


"Admirei muito a posição do ministro Patrus Ananias [Desenvolvimento Social e Combate à Fome]. Numa das conversas que tive com ele, ele me disse: olha, eu sou um homem de partido, sou da direção nacional", contou.


O ministro não declarou apoio formal a ela, apesar de ser contrário à aliança entre PT e PSDB em Belo Horizonte. No entanto, mesmo se espelhando no exemplo de Ananias, Jô Moraes garantiu ter a legenda municipal do PC do B relevância na decisão da instância nacional.


"Isso não significa que a direção nacional [do PC do B] vai orientar uma posição contrária ou não vai escutar o partido aqui [em Belo Horizonte]", concluiu.

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