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11/09/2008 - 10h54

Candidato do PMDB à Prefeitura de Belo Horizonte diz que concluir metrô é prioridade

Da Redação
Para reforçar o projeto do PMDB de ter candidato próprio nas principais cidades do país, o deputado federal Leonardo Quintão se dispôs a tentar se eleger prefeito de Belo Horizonte e enfrentar uma coligação que conta com o apoio de 14 partidos. Ex-vereador da capital e ex-deputado estadual, Quintão aponta a mobilidade urbana como o problema mais grave da cidade, que demanda o término das obras do metrô, paralisadas há mais de uma década. Segundo o candidato, faltou capacidade de negociação aos administradores anteriores.

"O presidente Lula está destinando quase R$ 40 bilhões em recursos de mobilidade urbana, para preparar as capitais do país que serão sedes da Copa do Mundo de 2014. Belo Horizonte foi esquecida, porque a administração não mostrou competência na negociação política para levar esse recursos. São Paulo está levando mais de R$ 15 bilhões, Rio de Janeiro, R$ 8 bilhões, Porto Alegre, R$ 1,5 bilhão e Belo Horizonte, apenas R$ 220 milhões, sendo zero para o metrô", criticou Quintão, em entrevista à Agência Brasil.

"O papel do prefeito é reivindicar, lutar com as bancadas de deputados, os senadores e o governador para colocar ao presidente Lula o metrô como pauta número um da cidade. Nosso trânsito, que era tranqüilo, está chegando quase ao nível de São Paulo, por falta de articulação", argumentou.

Para resolver a carência de médicos na rede de atendimento municipal, que, segundo ele, gera filas e longas esperas em prontos-socorros, o candidato pretende remanejar parte dos recursos do orçamento anual da prefeitura, que gira em torno de R$ 5 bilhões.

"Eu vou tirar recursos da rubrica de contratação de consultorias de terceiros, que chega a mais de R$ 1 bilhão. Vamos usar esse dinheiro para contratar mais médicos, pagar melhores salários e colocá-los nos postos de saúde", afirmou.

Outra bandeira da campanha de Quintão é a alteração de critérios pedagógicos vigentes na rede pública de ensino. O candidato avaliou que o sistema atual de aprovação progressiva não estimula as crianças ao aprendizado consistente.

"Vamos rever esta situação e implementar uma modalidade de escola onde a criança tem prova, os pais recebem boletim com a nota da criança e, assim, darmos início à melhoria [do ensino]. Vamos contratar mais professores, pedagogos e psicólogos para dar aulas de reforço a quem necessitar", prometeu Quintão, ao anunciar também a intenção de fazer um mutirão de oftalmologia para atender crianças que "não aprendem porque não enxergam direito".

Para chegar ao segundo turno, provavelmente contra o candidato Márcio Lacerda (PSB) --apoiado pelo governador Aécio Neves (PSDB) e pelo prefeito Fernando Pimentel (PT)--, Quintão aposta na conquista do voto dos indecisos. Nas pesquisas mais recentes, ele aparece em empate técnico na vice-liderança com a candidata Jô Moraes (PC do B).

"O maior candidato hoje em BH é o eleitor indeciso. Em todas as pesquisas mais de um terço do eleitorado ainda não decidiu em quem votar. Tenho visto que nós temos melhorado [nas pesquisas]. A eleição não está ainda decidida. A aliança dos 14 partidos [que apóiam Márcio Lacerda] se mostra muito fraca pela exposição na mídia que tem", argumentou Leonardo Quintão.

*Com informações da Agência Brasil

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